Ônibus não circularam por uma hora na manhã de ontem| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

"Acho que está na hora de os órgãos responsáveis tomarem providências. Antes, havia policiais à paisana nos ônibus. Agora, não há mais isso."

Mari Silva, cobradora que já foi assaltada cinco vezes.

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Os ônibus do transporte coletivo de Curitiba pararam de operar por uma hora ontem de manhã e só voltaram a circular normalmente por volta das 10 horas. A manifestação, promovida por cobradores e motoristas, foi uma reivindicação por mais segurança nos postos de trabalho do transporte coletivo da capital. A ação começou por volta das 9 horas e causou transtornos em toda a cidade, sendo encerrada após discurso de Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), na Praça Rui Barbosa.

Na estação-tubo da Praça Carlos Gomes, da linha Boqueirão, os manifestantes fecharam a entrada e passageiros não puderam acessar o local para pegar o ônibus. Leitores da Gazeta do Povo relataram que a situação foi idêntica no Portão, assim como no Terminal Cabral.

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Já na Praça Rui Barbosa, uma longa fila de biarticulados se formou devido à paralisação. Os ônibus convencionais também ficaram parados, alguns passageiros se aglomeraram próximo aos coletivos e houve uma concentração de cobradores e motoristas no local.

Regina Aparecida Teixeira, dona de casa, veio para o Centro para fazer uma consulta. Ela foi a um laboratório médico e saiu de casa as 6h10, para logo voltar para casa, em Campo Largo. "Estou com dois filhos pequenos em casa, sozinhos. Estou preocupada porque esqueci o celular em casa e não posso avisar minha vizinha para dar uma olhada neles", disse.

Mais transtornos

Kelly Cristina Batista, ajudante operacional, mora na Vila Osternak, no bairro Boqueirão, e esperava o ônibus, na Praça Carlos Gomes. Ela trabalhou durante toda a madrugada e aguardava para retornar para casa. "Fui pega de surpresa, não sabia. Faz dez minutos que estou aqui e ninguém me disse o que estava acontecendo", disse.

Os manifestantes relataram que o sistema também foi afetado em pontos mais distantes do Centro da capital e também da região metropolitana. A Secretaria de Trânsito informou que os pontos de maior concentração de ônibus parados foram na Praça Eufrásio Correia, Terminal Guadalupe, e na Praça Rui Barbosa. Agentes do órgão se deslocaram com motos até os pontos críticos para evitar o bloqueio de cruzamentos.

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