"Acho que está na hora de os órgãos responsáveis tomarem providências. Antes, havia policiais à paisana nos ônibus. Agora, não há mais isso."
Mari Silva, cobradora que já foi assaltada cinco vezes.
Os ônibus do transporte coletivo de Curitiba pararam de operar por uma hora ontem de manhã e só voltaram a circular normalmente por volta das 10 horas. A manifestação, promovida por cobradores e motoristas, foi uma reivindicação por mais segurança nos postos de trabalho do transporte coletivo da capital. A ação começou por volta das 9 horas e causou transtornos em toda a cidade, sendo encerrada após discurso de Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), na Praça Rui Barbosa.
Na estação-tubo da Praça Carlos Gomes, da linha Boqueirão, os manifestantes fecharam a entrada e passageiros não puderam acessar o local para pegar o ônibus. Leitores da Gazeta do Povo relataram que a situação foi idêntica no Portão, assim como no Terminal Cabral.
Já na Praça Rui Barbosa, uma longa fila de biarticulados se formou devido à paralisação. Os ônibus convencionais também ficaram parados, alguns passageiros se aglomeraram próximo aos coletivos e houve uma concentração de cobradores e motoristas no local.
Regina Aparecida Teixeira, dona de casa, veio para o Centro para fazer uma consulta. Ela foi a um laboratório médico e saiu de casa as 6h10, para logo voltar para casa, em Campo Largo. "Estou com dois filhos pequenos em casa, sozinhos. Estou preocupada porque esqueci o celular em casa e não posso avisar minha vizinha para dar uma olhada neles", disse.
Mais transtornos
Kelly Cristina Batista, ajudante operacional, mora na Vila Osternak, no bairro Boqueirão, e esperava o ônibus, na Praça Carlos Gomes. Ela trabalhou durante toda a madrugada e aguardava para retornar para casa. "Fui pega de surpresa, não sabia. Faz dez minutos que estou aqui e ninguém me disse o que estava acontecendo", disse.
Os manifestantes relataram que o sistema também foi afetado em pontos mais distantes do Centro da capital e também da região metropolitana. A Secretaria de Trânsito informou que os pontos de maior concentração de ônibus parados foram na Praça Eufrásio Correia, Terminal Guadalupe, e na Praça Rui Barbosa. Agentes do órgão se deslocaram com motos até os pontos críticos para evitar o bloqueio de cruzamentos.
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