Calendário
Confira a previsão de paralisação ou assembleia de várias categorias:
17 de março (hoje)
Educadores municipais de Curitiba.
Assembleia de servidores técnico-administrativos da UFPR, UTFPR e Hospital de Clínicas.
18 de março (terça-feira)
Servidores estaduais da Saúde.
Assembleia dos trabalhadores na limpeza pública de Curitiba.
19 de março (quarta-feira)
Previsão de paralisação em todo o país nos serviços públicos de educação.
No Paraná: educação e saúde, serviços judiciais, segurança, meio ambiente e agricultura, entre outros.
25 de março (terça-feira)
Policiais civis do Paraná já aprovaram indicativo de greve com início neste dia.
26 de março (quarta-feira)
Assembleia dos professores da rede federal de ensino.
Leia mais sobre os riscos de paralisação nas universidades e no Hospital de Clínicas no caderno Vida na Universidade.
Vários serviços públicos em Curitiba e em todo o estado devem ficar prejudicados nesta semana, caso se confirmem as propostas de greve e paralisação de várias categorias. Os educadores da capital já aprovaram greve geral a partir de hoje, e os servidores da saúde de todo o Paraná, a partir de amanhã. Na quarta-feira, está programado o Dia Nacional de Mobilização, com participação de servidores federais, estaduais e municipais de diversos setores, como educação, saúde, justiça, fazenda, agricultura, meio ambiente e segurança.
Outras categorias podem iniciar greve nos próximos dias. Hoje de manhã, servidores técnico-administrativos da UFPR, da UTFPR e do Hospital de Clínicas vão decidir se deflagram o movimento, já iniciado em outras instituições brasileiras. Caso isso ocorra, os serviços serão paralisados a partir de quinta-feira. Os policiais civis do Paraná já decidiram, em assembleia, que vão fazer greve a partir do dia 25. Professores da rede federal definirão os rumos que irão tomar no próximo dia 26.
Os serviços de limpeza pública de Curitiba também podem ser afetados. Os trabalhadores do setor têm hoje uma audiência de negociação no Ministério do Trabalho e, amanhã, decidem se confirmam ou rejeitam o indicativo de paralisação. São aproximadamente 2,5 mil empregados que atuam na limpeza pública.
Além disso, o funcionamento pleno dos presídios no Paraná também corre risco. Em assembleia realizada em 12 de fevereiro, os agentes penitenciários decidiram que todas as unidades do estado devem ficar fechadas por um dia, caso ocorram rebeliões nas quais os servidores sejam feitos reféns.
O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que reúne 15 entidades, planeja realizar uma marcha em Curitiba na quarta-feira, em direção ao Palácio Iguaçu, para reforçar as reivindicações apresentadas ao governo do estado. A pauta conjunta solicita, entre outros pedidos, a defesa do Paranaprevidência, a revitalização do sistema de saúde dos servidores, reajuste salarial e reajuste dos valores de auxílio-alimentação e auxílio-transporte.
Diretora do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde no Paraná (Sindisaúde), Elaine Rodella disse que, em reunião na sexta-feira passada, o governo do estado não sinalizou nenhuma proposta. "Dos cinco itens pedidos, a resposta ou foi não ou que estão estudando. Mas eles estão estudando nossas reivindicações há mais de um ano e meio. Não há mais como ter paciência, e por isso a greve está mantida", afirmou.
Impactos
Os sindicatos informam que já notificaram as autoridades sobre a possibilidade de paralisação. No caso dos serviços de saúde, fica garantida a manutenção de 30% dos trabalhadores em atividade. No Hospital de Clínicas e nas instituições do estado, a tendência é que apenas os casos de emergência sejam atendidos.
Governo destaca conquistas em saúde e em educação
O governo do Paraná informou, via nota da assessoria de imprensa, que vai encaminhar à Assembleia Legislativa do Paraná o projeto do Quadro Próprio dos Servidores da Saúde até o fim de março. Essa promessa também foi feita em reunião com os servidores da área na sexta-feira passada.
Segundo o governo, a área de saúde teve várias conquistas nos últimos anos. A nota citou o exemplo da nomeação de 1.897 servidores e a promoção e progressão de carreira de aproximadamente 3 mil funcionários.
Na educação, o governo do Paraná afirma que concedeu reajustes que acumulam 50,16% desde 2011, além da ampliação da hora-atividade em 50%. "O governo do estado não entende a manifestação dos profissionais da educação como greve, mas sim como uma mobilização da categoria para acompanhar o movimento da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, que ocorre anualmente em todo o Brasil", diz a nota.
A prefeitura de Curitiba não se manifestou sobre a paralisação dos educadores.
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