Depois do surto de micobactérias que atingiu 110 pacientes no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lançou nesta quinta-feira (4) resolução técnica que estabelece mais rigor na esterilização de materiais e equipamentos utilizados em cirurgias. Os pacientes, que foram contaminadas durante videocirurgias e procedimentos estéticos, tiveram lesões nodulares e problemas de cicatrização nos locais das cirurgias. Até então, as ações de saúde nos casos de micobactéria seguiam a resolução 141/2008. O superintendente de vigilância em saúde, José Lúcio Santos, disse que a nova resolução irá complementar a anterior, informou a Agência Estadual de Notícias. Dentre os critérios, recomenda-se à substituição do glutaraldeído – utilizada na esterilização – por outro componente. A medida justifica-se por causa de estudos que apontam a adaptação da micobactéria à substância.

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Outro critério é a notificação obrigatória de casos suspeitos. Quando ocorrer em estabelecimento privado, a instituição responsável pelo atendimento inicial do paciente deverá disponibilizar todo o atendimento clínico e acompanhamento do caso. Em estabelecimento público o acompanhamento é feito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos

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Desde dezembro de 2007, o Paraná registrou 158 casos suspeitos. Houve a confirmação de 110 casos, sendo 104 em Curitiba, quatro em Londrina e dois em Umuarama. De todos os casos confirmados no Paraná, apenas um ocorreu em unidade pública de saúde.

Com a finalidade de desvendar origem e causa da contaminação, a vigilância sanitária faz a análise de cada caso confirmado. Dos seis casos confirmados no interior do Estado, cinco foram procedentes de cirurgias abertas (plásticas) e procedimentos estéticos. Na capital, dos 104 casos, todos ocorreram devido a videocirurgias.

Todos os 399 municípios terão cópias da resolução que serão entregues até sexta-feira (5 para os diretores das regionais de saúde.

Micobactéria

Microorganismo Mycobacterium que habita o meio ambiente em geral, particularmente o solo e a água, é responsável pela infecção hospitalar. Fatores de risco de contaminação incluem traumas e falhas técnicas de esterilização de instrumentos cirúrgicos.

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Os sintomas caracterizam-se por dificuldade de cicatrização e surgimento de nódulos e secreção no local da cirurgia. O tempo para manifestação varia de duas semanas até um ano após o procedimento cirúrgico.