Veja dicas para prevenir quedas
- Não permita a brincadeira na laje e coloque proteções em escadas e ao redor delas;
- Mantenha uma mão no bebê durante a troca de fraldas e não deixe-o sozinho;
- Evite o uso do beliche para crianças com menos de 6 anos e proteja as laterais com grades;
- Use redes e grades nas janelas e sacadas e evite móveis embaixo das janelas;
- Opte por portões de segurança nas extremidades de escadas, impedindo o acesso da criança;
- Coloque tapetes antiderrapantes ou tire os tapetes;
- Não utilize andadores, que comprometem o desenvolvimento da criança e podem causar quedas graves;
- Certifique-se que os móveis estão estáveis e fixos, principalmente com aparelhos de TVs e outros objetos pesados;
- No parquinho, permita o uso de brinquedos de no máximo 1,5m de altura, em bom estado, de acordo com a faixa etária da criança e com pisos macios para absorção da queda.
Armadilhas em parquinhos de diversão, dentro de casa e no ambiente escolar são os principais responsáveis pelas quedas envolvendo crianças e adolescentes. Segundo levantamento realizado pela ONG Criança Segura, baseado em dados do Ministério da Saúde, em 2010 foram feitas 62.766 internações de crianças de 0 a 14 anos devido a quedas.
O estado do Tocantins foi o campeão em hospitalizações de crianças vítimas de quedas, com taxa de 275,64 por cem mil habitantes menores de 15 anos, seguido de Santa Catarina, com 268,44. O Paraná ficou em terceiro lugar, com um índice de 215,88, seguido por São Paulo, com 177,01 e Mato Grosso do Sul, com 173,77. O Amazonas foi o estado que apresentou a menor taxa: 24,04.
Os dados notificados levaram a identificar que no país 529 crianças foram hospitalizadas vítimas de quedas em parquinhos, quando brincavam de pipa ou bola. Diante dessa informação, a ONG Criança Segura enviou ao Inmetro um ofício, assinado por outras 17 instituições que buscam incentivar políticas de segurança infantil, a obrigatoriedade da certificação dos parquinhos para reduzir os riscos de lesões em crianças. Segundo o Inmetro, o comitê que avalia o ofício se reunirá no próximo mês.
Perfil
Dos mais de 60 mil internamentos, 29%, correspondem a quedas do mesmo nível como escorregões e tropeços. As quedas de escadas ou degraus, de árvores e de mobílias respondem a 7%. No perfil de atendidos, a prevalência é de pequenos de 5 a 14 anos de idade, com 77%. No caso de óbito, os meninos foram vítimas quase três vezes a mais que as meninas.
Vulnerabilidade
Conforme a organização não governamental, as quedas em crianças muito pequenas podem ocorrer pela própria falta de coordenação e habilidade motora em desenvolvimento da criança. O tamanho e o peso da cabeça em relação ao seu corpo também facilita o desequilíbrio, o que pode causar lesões como traumatismo craniano e até a morte da criança.
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