O Paraná é o estado da Região Sul que mais teve pessoas afastadas de suas atividades habituais por motivos de saúde. Cerca de 9% dos paranaenses tiveram que se ausentar ou do trabalho ou de atividades escolares, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, com base em dados de 2013, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outras causas
A pesquisa do IBGE indicou que o segundo motivo mais apresentado para a falta no trabalho ou nos estudos são as dores nas costas, problemas no pescoço ou na nuca, apontados por 10,5% da população. Em terceiro lugar estão as dores nos braços ou nas mãos, artrites, reumatismos e a DORT (Doenças Ortopédicas Relacionadas ao Trabalho), conhecida também como LER (Lesão por Esforço Repetida), com 5,5% das respostas. Empatadas estão as lesões provocadas por acidentes ou por agressões ou violência de qualquer gênero empatam no terceiro lugar, com o mesmo percentual. Pressão alta e outras doenças do coração seguem em quarto lugar, sendo motivo apontado por 5% dos brasileiros para ausência de suas atividades habituais.
Mais de 55% dos paranaenses usam as unidades básicas
Leia a matéria completaUm terço das pessoas obtiveram remédios no serviço público
Leia a matéria completaSegundo a pesquisa, 7% dos brasileiros foram afastados de suas atividades habituais, porcentual que sobe para 8% no caso das mulheres e é de 5,9% entre os homens. Ao todo, 14,1 milhões de pessoas ficaram de ‘molho’ e ficaram impedidos de trabalhar.
No Paraná, foram 975 mil pessoas e em todo o Sul, 2,4 milhões. Dos paranaenses que ficaram afastados dos afazeres, 8,7% eram brancos; 8,3% negros e 9,6% pardos.
O clima frio e úmido pode ser um dos principais fatores para o afastamento das pessoas ao trabalho nos estados do Sul. Afinal, o mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os brasileiros alegam para se ausentar do trabalho. Juntas, as doenças respondem por 17,8% dos afastamentos. No Paraná, a situação não é diferente.
Segundo a médica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Mirian Woiski, devido ao clima característico da região é natural uma maior incidência de doenças respiratórias, como gripe e resfriado. “Torna-se um ambiente privilegiado para essas doenças e outras viroses respiratórias”, afirma.
Segundo ela, a gripe apresenta sintomas mais fortes e febre mais alta. “Ao sentir os sintomas é recomendável ir ao médico. A evolução do quadro varia de pessoa para pessoa”, diz a médica. A profissional relata ainda que será o médico que irá avaliar se o paciente tem ou não condições de trabalhar ou se terá que ficar de repouso. “Mas na nossa cultura, muitos só deixam de ir trabalhar quando estão em condições de muita debilidade”, relata Mirian.
Recursos Humanos
Uma pesquisa sobre este assunto foi divulgada no ano passado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR). Na oportunidade, foi constatado que a ausência ao trabalho por motivos médicos foi responsável por metade das ‘faltas’.
“Existem, sim, situações, em que o trabalhador não tem condições de trabalhar. Há ainda condições em que é submetido a condições insalubres que podem afetar a sua saúde. Mas isso tem diminuído nas empresas”, afirma o diretor de pesquisas da ABRH-PR, Bruno Fernandes.
No entanto ele afirma há que usa a doença como desculpa para não ir ao trabalho – seja por não gostar do trabalho, da empresa ou da chefia. Dessa forma, segundo ele, há funcionários que usam o atestado médico como subterfúgio para se ausentar. “O absenteísmo (ausência ao trabalho) é, muitas vezes, entendido como uma forma de insatisfação, o que compromete todo o funcionamento da empresa que não conseguirá produzir ou atender o desejado”, diz Fernandes.
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