O Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) deu o pontapé inicial em uma parceria que busca tirar o Brasil da posição de líder nos índices de mortes causadas por infecções em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e a Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib) vai permitir que, com a adoção de procedimentos clínicos básicos, seja possível baixar os números de mortalidade em hospitais públicos causados pela sepse –também chamada de infecção hospitalar.

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O Programa de Otimização do Tratamento da Síndrome Séptica (POTTS), apresentado nesta terça-feira (11) durante a reunião do secretariado estadual, deve instituir ações preventivas que vão evitar que um foco infeccioso evolua para sepse grave e se torne fatal. A sepse provoca 400 mil mortes ao ano no Brasil. Ao lado da Malásia, o país é líder no número de mortes por infecção hospitalar. A falta de uma padronização nos procedimentos básicos de atendimento em hospitais públicos brasileiros é tida como o maior problema a ser combatido.

O Paraná é o primeiro estado do país a adotar o programa. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier, o projeto piloto introduzido no estado nasceu da necessidade de se encontrar alternativas para resolver o problema grave de filas e do alto índice de mortalidade verificado nos leitos de UTIs. A instalação inicial no HC implementou recomendações baseadas em protocolo internacional, no sentido de reconhecer e tratar a sepse o mais rapidamente possível. O programa deve ser estendido também ao Hospital do Trabalhador, Hospital Estadual de Cascavel, no Oeste do estado, e Hospital Estadual de Londrina, no Norte. O chefe da UTI adulta do HC, Álvaro Réa Neto, explica que o protocolo baseado em critérios simples de verificação da história clínica do paciente que deveriam ser rotina em qualquer pronto-socorro. Além destes procedimentos, um "pacote" de medidas introduzidas na rotina do hospital procura garantir o combate imediato a um foco infeccioso.

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