O Paraná é o terceiro estado com o maior número de crianças inscritas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), atrás de São Paulo e Distrito Federal. São 107 meninos e meninas na fila a espera de um novo Lar. O número de pessoas que querem adotar é bem maior, 1.892 inscritos aguardando na fila. Desde a criação do cadastro nacional em abril, já foram registrados 5.819 pedidos de adoção e 816 crianças e adolescentes incluídos na relação em todo país.
O CNA tem por objetivo agilizar os processos de adoção por meio do mapeamento de informações unificadas. O sistema permite o cruzamento de informações entre as varas da criança e juventude de diferentes Estados, o que proporciona aos interessados na adoção encontrar uma criança com as características pretendidas em cidades ou estados diferentes do seu local de moradia.
O cadastro será apresentado na sexta-feira (12) aos juízes e servidores de cinco capitais do país: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Macapá (AP), Goiânia (GO) e João Pessoa (PB). De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que lidera o evento, o objetivo é divulgar aos juízes a ferramenta criada para agilizar os processos de adoção no Brasil.
"Mude um Destino"
Com o objetivo de incentivar adoções legais, será lançada nesta quarta-feira (10) a segunda fase da campanha Mude um Destino, da Associação dos Magistrados Brasileiros. Em sua primeira fase, a campanha chamou a atenção da sociedade para as condições de vida das cerca de 80 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos espalhados pelo Brasil.
Na segunda fase da campanha, o foco passa a ser a adoção e a importância de que ela seja feita de maneira legal, ou seja, por meio do Poder Judiciário. Com isso, evita-se a chamada "adoção à brasileira", que apela para o chamado "jeitinho", dispensa os procedimentos legais e acaba trazendo insegurança à criança e, também, aos pais adotivos.