A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes sejam registrados por ano no Brasil. Apenas 15% desse total é solucionado – um cenário desolador para as milhares de famílias que sofrem com a dúvida e a angústia da espera por um desfecho feliz. No Paraná, no entanto, a situação é outra: o estado é referência nacional na busca de menores desaparecidos por conta do alto índice de resgate, que chega a 93% dos casos. A Semana Nacional de Mobilização para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida começou nesta quarta-feira (25) e vai até dia 31.
Somente em 2014, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas do Paraná (Sicride) assumiu as buscas de 254 ocorrências de desaparecimentos e fugas de menores. A maioria, 63,5%, eram meninos com idade média de 11 anos. Todos os casos foram solucionados. Em 2013, o número de desaparecimentos foi maior: 330, dos quais 329 foram encerrados.
A maior parte dos boletins de ocorrência que dão conta de desaparecimento infantil no Paraná é registrada em decorrência de disputas entre o pai e a mãe pela guarda da criança ou quando um dos responsáveis foge com o filho, levando o outro a acionar a polícia. Outra situação comum é o menor organizar a própria fuga como forma de chamar a atenção dos pais ou em retaliação a algum castigo. Crianças e adolescentes que saem sem avisar e demoram a retornar também geram bom número de registros de desaparecimento.
Informar a polícia o mais rapidamente possível sobre o sumiço do menor é, aliás, a primeira orientação do Sicride. Não é necessário aguardar 24 horas para comunicar o desaparecimento – o Boletim de Ocorrência pode ser feito assim que os responsáveis perceberem que a criança deveria estar em algum lugar, mas não está. A busca deve ser imediata porque o risco de morte, abuso ou atentado violento ao pudor é maior nas primeiras horas do desaparecimento.
Vale lembrar que qualquer delegacia pode registrar casos de desaparecimento, em seguida, a ocorrência é encaminhada à unidade especializada.
O Sicride reforça que alguns cuidados básicos por parte dos pais podem evitar grandes sustos ou situações mais graves. “Não fale com estranhos” e “Não aceite caronas de estranhos” são clássicos, mas também é aconselhável que os pais prestem mais atenção ao círculo de amigos do filho e saibam onde e com quem moram; manter o diálogo aberto e observar o comportamento, os horários, o vestuário e as companhias dos filhos também pode ajudar os pais a antever eventuais problemas.
Outra dica é não deixar a criança ou adolescente sem documento de identificação, ou seja, providenciar a carteira de identidade o mais cedo possível e habituar a criança a utilizar cartões de identificação com o nome, o nome dos pais, endereço e telefone. Ensinar a criança a utilizar cartão telefônico e realizar chamadas para pelo menos três números de familiares, bem como incentivá-las a procurar ajuda sempre que estiverem em dificuldade também é importante para desenvolver noções de segurança. Cuidado extra, também, com o que crianças e adolescentes conversam e acessam na internet.
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