Um relatório divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) nesta quarta-feira (29) apontou 20 estados brasileiros com risco de epidemia de dengue em 2009. Segundo a Agência Estadual de Notícias, o Paraná não está na lista. O secretário da Saúde, Gilberto Martin, disse que ao longo deste ano houve queda de 97% no número de casos da doença. Ele alerta, porém, que o trabalho de combate ao mosquito deve continuar.
Até outubro deste ano o número de casos confirmados da doença foi 897. No ano passado, durante o mesmo período, houve 45.450 notificações, dos quais 24.566 foram confirmados. Os bons números, segundo a secretaria, são resultados do investimento de R$ 5 milhões. Este recurso foi utilizado na compra de 30 camionetes equipadas com o fumacê e na capacitação de profissionais de saúde para agilizar o diagnóstico de casos da doença.
O técnico do programa de combate à dengue da Secretaria de Saúde, Ronaldo Trevisan, afirma que se pode relaxar em função dos bons resultados atingidos. "Especialmente agora com a chegada do calor, é preciso enfatizar os cuidados necessários para que não haja infestação do vetor e ocorrência da doença. Queremos nos manter fora da zona de risco para uma nova epidemia", ressalta Trevisan.
Epidemia
Ainda de acordo com a Agência Estadual, o levantamento do Ministério da Saúde aponta como os estados com a maior probabilidade de desenvolver uma epidemia da doença: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Alagoas, Bahia, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Amapá, Amazonas e Roraima e o Distrito Federal.
Nesses locais mais críticos, a pretensão do Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Defesa, é que as Forças Armadas atuem como um exército de reserva, que servirão como agentes de combate a focos de dengue. Os soldados começarão ainda este ano a serem treinados para esse trabalho de atuar em casos de surtos. A preocupação do Ministério se dá justamente com os possíveis efeitos das eleições, que em função da troca de prefeitos pode prejudicar as ações que vêem sendo realizadas no combate à doença.
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