Paraná não aceitou animais do MS em exposição de Londrina

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Nenhum animal vindo do Mato Grosso do Sul, local onde o Ministério da Agricultura decretou 22 novos focos de febre aftosa, esteve na última Exposição Agropecuária Industrial de Londrina, Norte do Paraná, que aconteceu de 6 a 16 de abril.

A confirmação foi dada na manhã desta quinta-feira pelo coordenador regional de Defesa Sanitária Animal, Carlos Alberto Bonezzi, subordinada à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), que afirmou que "a maioria do gado que esteve na exposição veio de São Paulo". A preocupação era que, assim como no ano passado, um animal vindo de uma área de foco da doença entrasse no estado levantando a suspeita da presença da febre no Paraná.

Em outubro de 2005, animais vindos do Mato Grosso do Sul estiveram presentes num leilão durante o Eurozebu - evento agropecuário. O Ministério da Agricultura, apesar de amostras mostrarem que o gado não tinha a doença, decretou foco da febre aftosa em sete propriedades do estado. O ministério se baseou em dois critérios: sorologia e procedência dos animais.

Assim que foi levantada a nova suspeita da doença no estado vizinho, a Seab determinou a reativação das barreiras de fiscalização na divisa, proibiu a entrada de animais e produtos derivados da carne de gado de Mato Grosso do Sul. Todos os veículos que cruzam a divisa estão sendo inspecionados e pulverizados para eliminar a possibilidade de contaminação.

Mas de acordo com o Paraná TV, apesar de todas as providências, no distrito de Porto Camargo, município de Icaraíma, no Noroeste do Paraná, carros e caminhões vindo do Mato Grosso do Sul entram no Paraná, pela BR-487, sem passar por qualquer tipo de barreira sanitária.

Confirmado 22 novos focos no MS

O Ministério da Agricultura confirmou na noite de quarta-feira 22 novos casos de animais contaminados com febre aftosa no município de Japorã, região sul do Mato Grosso do Sul. Dos 137 animais da fazenda Medianeira, as amostras confirmaram a presença da febre em 22 animais adultos.

Por isso, todo o rebanho vai ser abatido, provavelmente, a partir desta quinta-feira, informou em Brasília, o diretor de Saúde Animal do Ministério, Jamil de Souza. A confirmação veio depois de uma reunião que durou mais de seis horas, em Brasília.

O diretor-presidente da Iagro, João Cavallero, e os técnicos da agência, devem chegar nesta tarde ao estado e seguir direto para a fazenda Medianeira Três, em Japorã.