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Clima

Paraná registra baixos índices de umidade relativa do ar

A orientação é para que a população redobre alguns cuidados com a alimentação e com a hidratação do corpo, principalmente crianças e idosos | Hugo Harada/ Agêcia de Noticias Gazeta do Povo
A orientação é para que a população redobre alguns cuidados com a alimentação e com a hidratação do corpo, principalmente crianças e idosos (Foto: Hugo Harada/ Agêcia de Noticias Gazeta do Povo)
População se refresca como pode nos dias de calor e tempo seco |

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População se refresca como pode nos dias de calor e tempo seco

O tempo segue bastante seco em todo o Paraná e as consequências já podem ser sentidas pela população. Na tarde desta quinta-feira (8), a umidade relativa do ar chegou a 20% na região Norte, com valores mais baixos registrados na cidade de Cianorte, índice considerado um estado de alerta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por ser prejudicial à saúde. Em Curitiba, o número ficou próximo aos 30%, percentual avaliado pela OMS como grau de atenção.

Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a baixa umidade relativa do ar é explicada por uma massa de ar quente e seco no estado, que causa um "bloqueio atmosférico". Essa massa de ar seco impede a formação de nuvens de chuva e a entrada de uma frente fria no Paraná.

E a previsão, segundo o Simepar, é de que o tempo permaneça quente e seco até o final da semana, com temperaturas elevadas e sol forte em todo o estado. Para domingo, há a possibilidade de chuvas isoladas na divisa entre o Paraná e Santa Catarina, mas a precipitação deve ser bastante localizada, sem alterar os índices de umidade relativa do ar.

Alerta

A baixa umidade do ar exige cuidados especiais com a saúde. Segundo a OMS, índices um pouco acima dos 30% são considerados um estado de observação. Entre 30 e 20%, o estado é considerado de atenção, com a exigência de alguns cuidados especiais. De 19% a 12%, a OMS considera um estado de alerta, e abaixo de 12% o alerta é máximo.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná, a alta nas temperaturas e os índices baixos de umidade aumentam o risco de doenças respiratórias. A orientação é para que a população redobre alguns cuidados com a alimentação e com a hidratação do corpo, principalmente crianças e idosos.

Algumas doenças são agravadas neste período, como gripe, asma, bronquite e rinite. Além disso, aumenta a sensação de ressecamento do nariz e da garganta, irritação na região dos olhos e dores de cabeça.

A recomendação é para que a população procure ingerir muita água (cerca de quatro litros diários), evite ambientes com pouca circulação de ar e mantenha hábitos saudáveis, como alimentação balanceada. Outra dica é evitar a prática de exercícios físicos no período de mais calor do dia, entre 10h e 16 horas.

Consumo de água

Em Guarapuava, na região Centro-Sul do estado, o mês de março bateu recorde histórico no consumo de água por causa do calor. O município, de 160 mil habitantes, teve média de consumo de 29 milhões de litros diários no mês – contra uma média de 24 milhões de litros diários nos dois últimos anos. Isso significa, segundo a Sanepar, que cada pessoa da cidade está gastando, em média, 30 litros de água a mais por dia.

Em alguns bairros, como Bomsucesso, Padre Chagas, Primavera, Aeroporto e Xarquinho, o alto consumo gera um estado de alerta, já que há menos água nos reservatórios do que o consumido pela população. A Sanepar alerta para que os moradores evitem o desperdício, reduzindo, por exemplo, o tempo de banho ou evitando lavar a calçada com água tratada.

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