Em Londrina, atentados aconteceram na quarta-feira| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Prevenção

Trinta e oito detentos do Paraná foram transferidos na quarta-feira para presídios federais do Rio Grande do Norte e de Rondônia em uma operação preventiva para evitar ataques criminosos como os ocorridos em Santa Catarina no começo deste ano.

Os presos seriam membros de uma facção do crime organizado e, nas últimas semanas, estariam preparando ações articuladas para desafiar o poder público no Paraná. O próprio governador Beto Richa admitiu preocupação com a possibilidade de atentados.

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Dois ônibus de transporte coletivo em Sarandi e em Pai­çandu, na Região Me­­tropolitana de Maringá (RMM), fo­ram incendiados na noite de quinta-feira. Os dois casos aconteceram com um intervalo de 30 minutos.

O primeiro ataque acon­teceu na garagem da Trans­porte Coletivo Cidade Canção (TCCC), no Jardim Califórnia, em Sa­­randi, por volta das 23 ho­­ras. O ônibus sofreu poucos da­­nos, porque as chamas foram controladas rapidamente por funcionários.

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De acordo com a Polícia Militar (PM), o vigia que fazia a segurança da garagem disse que viu duas pessoas correndo no interior do pátio de estacionamento de veículos. No ônibus foram encontrados indícios de gasolina. Ninguém ficou ferido.

O segundo ataque aconteceu por volta das 23h30, no trecho da PR-323 que dá acesso a Paiçandu. Segundo a PM, dois homens abordaram outro ônibus e pediram para os cerca de 30 passageiros e o motorista descerem. Em seguida, eles espalharam gasolina nos pneus e atearam fogo. Uma equipe da PM foi acionada e fez a contenção do incêndio antes da meia-noite. Ninguém ficou ferido.

Com os casos de Sarandi e de Paiçandu na noite de quinta-feira, o Paraná registrou seis ataques a ônibus em uma semana. Dos outros quatro, foram dois em Londrina, um em Arapongas e um em Curitiba.

Investigação

Uma série de eventos suspeitos, entre os quais rebeliões, assassinatos de agentes penitenciários e incêndios no Paraná, tem sido investigada por um grupo de trabalho formado por policiais estaduais e federais.

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Eles monitoram a ação de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do país. O governo, porém, nega que haja ligações entre os fatos.