O Paraná registrou, no primeiro semestre deste ano, uma média de seis ataques a bancos ou a caixas-eletrônicos por semana. No total, foram 148 ocorrências, segundo levantamento do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes). Os casos representam uma redução de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Alguns casos, no entanto, chamaram a atenção pela violência. Na última semana, uma quadrilha fez 45 reféns, durante um assalto em Borrazópolis, no interior do estado.
A modalidade que mais sofreu redução foram os arrombamentos – em que os bandidos violam os caixas eletrônicos com a ajuda de instrumentos como maçaricos. Foram 22 casos registrados nos primeiros seis meses de 2015, ante 62 no mesmo intervalo do ano passado. O número de explosões aumentou de 90 (em 2014) para 101 (neste ano), indicando que pode ter havido uma migração para este tipo de crime. O volume de tentativas ou de assaltos a agências diminuiu de 33 ocorrências para 25.
O delegado de Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Fernando Zanoni, atribui a queda dos índices ao trabalho de uma força-tarefa, instaurada para combater quadrilhas especializadas em assaltos a banco e ataques a caixas eletrônicos. Pelo menos três quadrilhas foram presas após a ação do grupo de segurança.
As quadrilhas se destacam, nesses casos, pelo nível de organização e de especialização – já que os ataques dependem do domínio de instrumentos, como o maçarico, ou de conhecimento específico em explosivos. Em regra, os grupos criminosos usam armamento pesado, como fuzis e metralhadoras. Além disso, o delegado destaca a “mobilidade” dos bandidos como algo que dificulta a ação da polícia.
“Eles [os bandidos] fazem uma ação aqui, outra em Santa Catarina, depois no interior, em seguida em São Paulo. A mobilidade é grande. Tivemos dois presos aqui em Curitiba que, dias depois de terem sido soltos, foram presos novamente arrombando caixas em Açailândia, no Maranhão”, apontou Zanoni.
Por sua vez, o presidente do Sindivigilantes, João Soares, avalia que a polícia não tem sido eficiente no combate aos ataques. Ele destaca que a redução foi puxada principalmente pela queda do número de arrombamentos. Na avaliação dele, isso se deve ao fato de muitos lojistas que mantinham caixas eletrônicos em seu estabelecimento comercial optaram por retirar os terminais, justamente pelo medo de ser alvo de assaltos.
“Não houve um trabalho eficiente ou eficaz por parte das forças de segurança. O que houve foi que os comerciantes retiraram os caixas eletrônicos. Os crimes não foram combatidos. Quem está sofrendo é o consumidor, que já não tem facilidade em encontrar terminais quando vai ao mercado, farmácia ou posto de combustível”, apontou.
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