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Maringá – Já está tudo pronto para o sacrifício dos 377 animais dos dois focos de febre aftosa decretados em 20 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Maringá. A previsão da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) é que o abate comece no início da manhã e seja concluído até o fim do dia. Os animais são de duas propriedades vizinhas, Fazenda Cesumar e Fazenda Pedra Preta, a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade.

No início da tarde desta terça-feira, a Polícia Militar chegou à sede da Fazenda Cesumar,local onde foi construída uma única vala, para iniciar o esquema de segurança e receber instruções da Seab para a execução. Os dois policiais militares responsáveis pelos tiros, de carabina 38 milímetros, ainda não haviam sido escolhidos.

A execução será nas mangueiras das fazendas, onde os animais estão isolados. Ascarcaças serão transportadas à vala, que tem sete metros de comprimento, por seis de largura e quatro de profundidade.

O chefe do núcleo da Seab em Maringá, Renato Cardoso Machado, espera que otrabalho seja feito o mais rápido possível. "Estamos trabalhando neste sentido, mas sempre há contratempos", diz. O sacrifício em Maringá não começou no início da semana, como era a expectativa da Seab, por causa da chuva no sábado. Nesta terça-feira, técnicos da secretaria terminaram de colocar uma camada de cascalho na vala, que teve uma parte destruída durante o temporal. "O Paraná estava há dez anos sem aftosa, e o sacrifício é um procedimento complexo e novo para todos nós", diz Machado.

Para o abate, o Paraná segue as normas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Quando o sacrifício for finalizado nos sete focos decretados pelo Mapa, o estado pode, em seis meses, reconquistar o status de zona livre de febre aftosa e o mercado comprador. Desde que o primeiro foco da doença foi decretado no Mato Grosso do Sul, 56 países embargaram a carne brasileira.

O sacrifício dos 6.705 animais dos sete focos no Paraná deve terminar só na próxima semana. O procedimento no estado estava previsto para começar pela Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, foco decretado em 6 de dezembro, com 1.805 animais, mas o atraso na entrega das lonas que vão impermeabilizar o solo, conforme determinação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), impediu o início do abate.

Embora a Seab não tenha estabelecido um cronograma para o sacrifício, é provável que ele aconteça antes nas fazendas com menos animais, Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso (84 animais), e Santa Isabel, em Grandes Rios (43 animais), e que não necessitam do uso das lonas impermeabilizantes. Em Loanda, nas Fazendas Alto Alegre (1.903 animais) e São Paulo (2.500 animais) o IAP determinou que o solo seja impermeabilizado. A colocação das lonas demora até 48 horas. Na Fazenda Cachoeira o material chegou ontem à tarde e a instalação está prevista para começar hoje.

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