A crescente taxa de homicídios de homens na faixa de 15 a 29 anos, na contramão do que acontece no resto do país, a estagnação e leve aumento do número de analfabetos e a quase universalização do sistema de água e energia são os indicadores do Paraná que mais se destacam no estudo sobre a situação social dos estados.

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A pesquisa foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e apresentada na manhã desta quarta-feira (1.º) pelo presidente do instituto, Marcio Pochmann, na sede do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em Curitiba. Os dados utilizados mostram a situação entre 2001 e 2009, com números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e do Ministério da Saúde.

A violência, marcada pela taxa de homicídios masculina, é crescente no estado e na região sul, diferente no resto do país. A cada 100 mil habitantes na faixa etária entre 15 e 29 anos, 116,3 morreram no Paraná, em 2007. O aumento entre 2001 e 2007 foi de 62,2% no Paraná, enquanto no Brasil houve uma queda de 7%.

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No caso do analfabetismo, as taxas são positivas no Paraná, abaixo da média brasileira e levemente superior a média da região sul. Entretanto, Pochmann destaca que desde 2006, a queda estagnou e, em 2009, houve até um pequeno aumento, chegando a 6,67% da população.

Já um ponto positivo é a universalização do sistema de água e energia, inclusive na área rural. Em 2009, 97,15% dos domicílios paranaenses tinha abastecimento de água adequado. Somente na área rural, esse número já atinge 92,62%. O mesmo acontece com a energia, que se encontra em quase todos os domicílios (99,63%). Na área rural, o número também é expressivo, com 98,03% dos domicílios com acesso à energia elétrica.