Após a confirmação do terceiro caso de sarampo em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná toma precauções para evitar que haja registros da doença no estado. "Hoje vamos nos reunir com os municípios que possuem portos, aeroportos e fronteiras com outros estados ou países para nos prevenir", afirma a diretora do Centro de Informações e Diagnóstico em Saúde da Sesa, Inês Vian. "A única maneira do sarampo entrar no Paraná é vindo de fora", completa.
Apesar da intensificação das medidas preventivas, Inês ressalta que não existe motivo nenhum para pânico. Ela descarta completamente a hipótese da necessidade de uma vacinação em massa, embora o Paraná tenha estoque suficiente para isso. "Mas quem não foi imunizado ou tem dúvidas a respeito, deve comparecer ao posto de saúde mais próximo, com a carteira de vacinação", aconselha.
Vigilância
O Paraná não registra nenhum caso de sarampo desde 2001, e desde 1994 o número de casos por ano não passou de três com a exceção de 1997 e 1998, quando uma epidemia nacional atingiu 53 mil brasileiros, entre eles 1.388 paranaenses. Mesmo assim, a vigilância é permanente porque há suspeitas diárias de casos da doença, que acabam não confirmadas. "Dengue, rubéola ou até algumas alergias têm sintomas parecidos", explica Inês. Nesses casos, não se espera a confirmação para fazer o bloqueio vacinal, ou seja, a imunização de todas as pessoas do círculo de relações da pessoa que tem a suspeita. "Na verdade, essa situação é boa porque nos mantém alertas", justifica. "Desde o começo de julho temos feito o bloqueio vacinal das pessoas próximas aos três pacientes. No total imunizamos 479 pessoas", explica o diretor da Vigilância Epidemiológica catarinense, Luís Antônio Silva.
Surfista
O chamado "caso índice" (paciente que dá início à série de contágios) é um surfista de 36 anos, que participou de um campeonato nas Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, ao sul da Índia. Em 13 de julho, ele já apresentava os sintomas quando pegou um avião da Alemanha para o Brasil, descendo em São Paulo. Da capital paulista, ele passou rapidamente por Florianópolis e de lá para Salvador, para outro torneio. Na volta para Santa Catarina, fez escalas em Brasília e São Paulo. No vôo de São Paulo a Florianópolis, em 17 de junho, estava um empresário de 38 anos, que recebeu o diagnóstico de sarampo antes do surfista. O terceiro caso é o do filho do esportista, de 13 anos.
A Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina recebeu da companhia aérea a lista de passageiros do vôo onde vieram o surfista e o empresário. "Já conseguimos entrar em contato com quase todos", conta Silva. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde catarinense pediu que todas as pessoas entre 1 e 49 anos, que não tenham sido vacinadas, se apresentem em algum posto de saúde do estado para a imunização. "A procura foi baixa. Como não acredito que a população não esteja preocupada, acredito que nossa cobertura vacinal é bem grande", diz Silva.
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