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Paraná tem 2.ª morte por dengue e investiga mais um óbito suspeito

População espera atendimento em frente à  UPA de Paranaguá. O hospital de campanha, instalado na entrada da unidade, ainda não está funcionando. Cerca de 150 pessoas com sintomas de dengue têm procurado a UPA diariamente | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
População espera atendimento em frente à UPA de Paranaguá. O hospital de campanha, instalado na entrada da unidade, ainda não está funcionando. Cerca de 150 pessoas com sintomas de dengue têm procurado a UPA diariamente (Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo)

A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) confirmou nesta terça-feira (12) o segundo óbito causado pela epidemia de dengue em Paranaguá, no Litoral. A morte aconteceu no último dia 8, mas só foi confirmada agora porque a vítima, um taxista de 71 anos, havia sido submetida a uma cirurgia cardíaca dias antes de apresentar sintomas de dengue hemorrágica.

De acordo com a Sesa, a vítima procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 7 de janeiro, foi medicada e liberada. “A noite, no mesmo dia (7), teve uma piora no quadro clínico e foi internado no Hospital Paranaguá, onde recebeu cuidados especializados, mas não resistiu e morreu na manhã da sexta-feira (8). A evolução rápida no quadro de dengue ocorreu devido a problemas de cardiopatia. O paciente tinha passado por um procedimento cirúrgico de angioplastia no mês de dezembro”, diz a nota divulgada pela Sesa.

A primeira morte por dengue no Paraná também foi registrada em Paranaguá na manhã do dia 8 de janeiro. A vítima estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional do Litoral desde o dia 5.

Terceiro caso

A Secretaria Estadual de Saúde já investiga uma terceira morte que pode ter sido causada pela doença em Foz do Iguaçu.

A agente penitenciária Renata Gaudencio, de 27 anos, morreu na noite de segunda-feira (11), vítima de dengue hemorrágica, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (12).

A jovem apresentou os primeiros sintomas da doença na última quarta-feira (6), quando buscou atendimento em um hospital particular, mas logo foi liberada. No domingo (10), com a permanência de sintomas como vômitos e fortes dores abdominais, a paciente voltou a procurar assistência médica e foi internada. Com o agravamento da situação, foi transferida no início da tarde de ontem para uma unidade de terapia intensiva do Hospital Costa Cavalcanti, onde faleceu por volta das 19h.

De acordo com Roberto Doldan, enfermeiro do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), o caso serve como mais um alerta para a população. “O caso está aí para provar que, infelizmente, a dengue mata. Mais do que nunca, temos que tomar mais cuidado e combatermos os criadouros do mosquito”, destacou. Renata Gaudencio será enterrada em Mirandópolis, interior de São Paulo. O corpo deve chegar ainda nesta terça-feira (12).

No informe técnico divulgado nesta terça-feira (12), a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (Sesa) comunicou que o caso será investigado e o resultado deve sair na próxima semana.

Em apenas uma semana, o número de casos de dengue no Paraná aumentou de 1.726 para 1.956. Paranaguá lidera o número de casos (561), seguida por Londrina (290) e Foz do Iguaçu (290). Dos 399 municípios do Estado, 304 já apresentaram notificações da doença. O número de cidades em situação de epidemia, aumentou de cinco para 7: Mamboré, Cambará, Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Paranaguá, Itambaracá e Guaraci.

Chikungunya

O novo boletim também traz informações sobre chikungunya. O período epidemiológico atual, que vai de agosto de 2015 até julho de 2016, apresenta 49 casos notificados da doença. Na divulgação anterior, esse resultado estava contabilizado desde janeiro de 2015, justificando a redução do número total neste informativo.

Atendimento

A Sesa está trabalhando na instalação de um hospital de campanha em frente à UPA de Paranaguá. Em entrevista à RPCTV, ainda ao meio-dia, foi informado que o local estará pronto em até três dias para atender a população. A intenção é que a tenda funcione como o local de primeiro atendimento e triagem dos casos suspeitos de dengue. Cerca de 150 pessoas têm procurado a UPA de Paranaguá diariamente com sintomas de dengue.

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