Centronic é investigada em Londrina

A empresa de segurança Centronic, que teve vigilantes acusados de matar o estudante Bruno Strobel em outubro de 2008, em Curitiba, está sendo investigada pelo suposto suborno de um ex-secretário municipal de Londrina, no Norte do estado. A acusação é que a empresa teria subornado o ex-secretário de Gestão Pública Jacks Dias para ter mantido um contrato de prestação de serviços com a prefeitura.

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A clandestinidade ainda domina a atividade de segurança privada no Paraná. De acordo com estimativas dos sindicatos do setor, para cada vigilante regular existem de dois a três que trabalham sem a Carteira Nacional de Vigilante (CNV), documento obrigatório expedido pela Polícia Federal. O documento garante que o vigilante passou pelos cursos de formação e reciclagem necessários e possui qualificação para manejar arma de fogo. Hoje existem 22,6 mil vigilantes regularizados e entre 45 e 65 mil ilegais.

Contratar vigilantes sem treinamento é regra nas empresas clandestinas. Uma consulta dos sindicatos do setor à Junta Comercial do Paraná, em 2008, apontou a existência de 640 empresas registradas para a atividade de segurança privada que não possuíam autorização da PF. O agente da PF Wilson Ferreria Bonfim, da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), relativiza o número. "Muitas estavam fechadas mas não tinham dado baixa na Junta. As restantes foram notificadas e muitas, fechadas", diz.

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A última operação da PF para atacar o problema foi realizada em 2008. Na época, 53 empresas foram fechadas e outras 96 regularizaram a situação depois de serem notificadas. O órgão também firmou uma parceria com a prefeitura de Curitiba, para impedir que empresas sem autorização obtivessem alvará, e oficiou todos as prefeituras do estado para que fizessem o mesmo. Desde então, no entanto, o trabalho de fiscalização depende de denúncias, principalmente as feitas pelo Sindicato de Vigilantes de Curitiba e Região.

O presidente do sindicato, João Soares, estima que ainda há um grande número de empresas clandestinas. "Muitas ma­­­quiam sua atividade como mo­­­ni­­­toramento eletrônico, que não está sujeita a fiscalização da polícia, mas fazem atendimento de ocorrência com vigilantes armados, o que é exclusivo das empresas de segurança", aponta. Soares alerta que a contratação de vigilantes sem treinamento acontece nas empresas regularizadas, que somam 74 no estado. "Essa a principal denúncia que recebemos dos trabalhadores. Muitos clientes não checam isso".

Serviço:

Antes de contratar, o cliente pode exigir a autorização de funcionamento da empresa, a CNV e o certificado de reciclagem do vigilante que prestará o serviço, além de consultar a Delesp, pelo telefone 3360-7671, e o Sindvigilantes, pelo telefone 3332-9293.