Reivindicação
Servidores da Secretaria de Meio Ambiente interrompem serviços
Servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) entraram em greve ontem. A assessoria de imprensa da pasta informou que nenhum serviço foi afetado. Já o Sindicato Estadual dos Servidores da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins (Sindiseab) disse que apenas os serviços essenciais estão funcionando. A categoria reivindica pagamento de reajuste na Gratificação pelo Exercício de Encargos Especiais (GEEE). O governo informou que fará o pagamento a partir deste mês.
Conforme a secretária-geral do sindicato e coordenadora do Comando de Greve, Carmem Leal, a categoria pede o pagamento retroativo desde dezembro. Para a Sema, a reivindicação terá de ser negociada com a Secretaria da Fazenda. Das sete regionais, servidores estatutários aderiam ao movimento em Curitiba, Guarapuava, Francisco Beltrão e Toledo. Os serviços não foram paralisados porque funcionários comissionados trabalham normalmente. Contudo, o balanço do sindicato dava conta de que só em Londrina a greve não tinha sido iniciada.
Segundo o sindicato, serviços de licenciamento, fiscalização e monitoramento ambiental serão suspensos. Outorgas para a utilização de recursos hídricos e titulação de terras pelo governo estadual também foram interrompidas. Os serviços de irrigação das mudas, atendimento a acidentes ambientais, questões jurídicas e trabalhos de sindicâncias internas foram mantidos. Fazem parte do quadro de grevistas os funcionários do Instituto Ambiental do Paraná, do Instituto das Águas do Paraná e do Instituto de Terras, Cartografias e Geociências.
Greves simultâneas em dois órgãos públicos estaduais restringiram ontem serviços em várias cidades do Paraná, e uma terceira possível paralisação será decidida hoje em Curitiba. Enquanto parte dos servidores do Detran e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) cruzam os braços, motoristas e cobradores de ônibus da capital aguardam para hoje a confirmação do pagamento do vale-alimentação para descartar a greve que tinha início previsto para ontem. É o último entrave após o aumento salarial negociado mês passado.
Até ontem os trabalhadores ainda não contavam com um levantamento de quantas empresas já tinham feito os depósitos nas contas dos funcionários. De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Anderson Teixeira, apenas duas empresas não tinham efetuado o pagamento, mas regularizaram ainda ontem a situação. O dinheiro deve cair hoje na conta.
"A princípio está descartada a possibilidade de greve, mas vamos aguardar. A informação é que sai amanhã [hoje] o crédito no cartão de alimentação", disse Teixeira. O acordo entre o Sindimoc e o sindicato das empresas (Setransp) sobre o reajuste foi fechado em 12 de março, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). De acordo com o Sindimoc, naquela data ficou acordado que no quinto dia útil de abril seria pago o salário de março (com o reajuste) e o retroativo de fevereiro. A data-base da categoria é 1.º de fevereiro.
Compensação
De acordo com a assessoria de imprensa do Setransp, todas as empresas de ônibus fizeram o pagamento ainda na sexta-feira. Alguns trabalhadores não teriam recebido por causa do prazo para a compensação bancária. Para o sindicato patronal, não existe motivo para a greve.
A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo da capital, afirmou que liberou para as empresas de ônibus R$ 3,1 milhões na sexta-feira. O valor é referente ao retroativo da tarifa técnica, do período entre 1.º e 25 de fevereiro, reajustada em 26 de fevereiro. A tarifa técnica é o custo real do transporte pago às empresas e que inclui os custos dos salários de motoristas e cobradores.
Detran parado em Maringá e Londrina
A greve no Detran não afeta os serviços em Curitiba, mas impôs restrições a usuários de Londrina e Maringá. Os exames práticos foram realizados normalmente ontem, segundo a assessoria de imprensa do órgão. Os demais serviços também foram ofertados regularmente na capital até às 14 horas, quando termina o atendimento ao público. Trabalhadores faziam manifestações em frente à sede do órgão, no bairro Tarumã, mas não impediam a entrada da população.
A paralisação começou sexta-feira e foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Paraná no mesmo dia. A ação determinou o fim imediato da manifestação. A multa diária é de R$ 10 mil em caso de descumprimento pelos grevistas. O Sindicato dos Servidores do Detran do Paraná (Sisdep) informou por meio de seu site que a greve segue em todo o estado.
Em Londrina e Maringá a greve também foi mantida. Apenas serviços considerados essenciais foram mantidos. A categoria reivindica o pagamento dos encargos especiais, novo concurso público, melhorias do espaço físico, reajuste nos salários e criação de um quadro próprio.
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