A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) já registrou 39 casos de gripe desde o começo do ano, sendo que seis deles foram provocados pelo Influenza A (H1N1), também conhecido como o vírus da gripe suína. Outros 19 casos foram causados pelo vírus Influenza A (H3N2) e 12, pelo subtipo Influenza B um tipo de vírus mais raro. Dois casos ainda não tiveram a tipologia determinada. Não houve registro de morte.
Os dados foram divulgados ontem pela Sesa e são resultado do monitoramento realizado pelo órgão em parceria com as secretarias municipais de saúde e hospitais de referência. As amostras são coletadas de casos suspeitos e analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
As influenzas dos subtipos A (H1N1), A (H3N2) são mais comuns do que a do subtipo B, e são tratadas com o medicamento oseltamivir, popularmente conhecido como Tamiflu. Os três casos, no entanto, são prevenidos com a imunização pela vacina tríplice contra a gripe.
Segundo a Sesa, a maioria das notificações foi feita em Curitiba e região metropolitana, onde, até agora, já foram registrados nove casos de gripe. A região de Maringá, no Norte do estado, é a segunda da lista com o maior número de ocorrências, com oito notificações.
A campanha de vacinação contra a gripe, que terminaria nesta sexta-feira, foi prorrogada até a próxima terça-feira.
Gestantes
Entre os grupos prioritários definidos pelo governo federal para a campanha, o conjunto composto pelas gestantes está preocupando as autoridades de saúde paranaenses. Até a tarde de ontem, apenas 42% das mulheres grávidas do estado haviam se imunizado.
O número é baixo se comparado aos demais grupos que podem buscar pela vacina, como as crianças, que no período consultado já tinham atingido a meta de 48,7%; e os idosos, que já tinham 52% da sua população imunizada.
A infectologista do Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba, Paula Virgínia Michelon reforça a importância da vacinação para este grupo prioritário. A médica explica que, durante a fase de gestação, o sistema imunológico das mulheres enfraquece para não afetar o feto e, por isso, torna-se mais suscetível a contrair o vírus da gripe.
A médica explica ainda que a vacina não causa nenhum malefício ao bebê. Grávidas não imunizadas e que contraíram a influenza do tipo A (H1N1 ou H3N2) podem ser tratadas com o Tamiflu, que deve ser administrado sob orientação médica.