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Paraná terá metas próprias para avaliar educação

Sinal de alerta: Ideb pode estar passando de recurso para identificar problemas a meta política | Antônio More/ Gazeta do Povo
Sinal de alerta: Ideb pode estar passando de recurso para identificar problemas a meta política (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)
Confira o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica |

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Confira o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

O governo do Paraná pretende adotar metas próprias para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade da educação no Brasil. A diretriz consta do Plano de Metas para o segundo semestre de 2011, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed). De acordo com o documento, as escolas reunirão a comunidade para explicar o funcionamento do Ideb e os fatores que formam a nota da instituição. Em seguida, pais, alunos e profissionais do ensino definirão uma estimativa de crescimento dessa nota para os próximos exames.

Um dos objetivos da meta própria é acelerar a evolução do índice acima das estimativas de crescimento definidas pelo governo federal. Após o primeiro cálculo do Ideb, em 2007, a União passou a adotar metas de crescimento específicas para cada escola, variando conforme o desempenho prévio nas avaliações. A expectativa é de que, até 2021, todas as instituições de ensino do Brasil atinjam a nota 6 – nível considerado de país desenvolvido. Na última avaliação, feita em 2009 (o índice é bianual), Paraná e Curitiba conseguiram superar a meta (ver gráfico nesta página).

Entretanto, a proposta de metas próprias divide os especialistas em educação. Ao mesmo tempo em que o Ideb é reconhecido como um importante diagnóstico sobre os problemas na educação, existe o temor de que definir a melhoria do índice como objetivo final possa distorcer as ações para melhorá-lo – algo que já tende a ocorrer com as metas do governo. "O Ideb tem limites e não é o único indicador de qualidade. Deve ser usado para mostrar de que maneira o trabalho na escola pode render mais", defende Mozart Neves Ramos, conselheiro do Movimento Todos pela Educação.

Para o mestre em Educação Douglas Danilo Dittrich, professor da rede municipal de ensino de Curitiba, a adoção de uma meta própria e maior que a estipulada pelo governo é "reinventar a roda sem ter um novo veículo para utilizá-la". "A meta federal não saiu do nada. Foi calculada a partir do perfil de cada instituição", lembra. "Os profissionais da área estão muito vislumbrados com os índices, até porque é um recurso novo no Brasil. Mas a essência do Ideb não é a nota ou a meta, e sim as possibilidades de visualizar problemas no ensino", define.

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