O calor que marcou a Região Sul do país nos dois últimos anos vai ficar apenas na lembrança. Embora rodeada de expectativa, a próxima estação, que começa na quarta-feira que vem (21), será de temperaturas dentro da média. Na prática, significa que Curitiba e o Litoral do Paraná terão um verão com temperaturas bem mais modestas, e, ainda por cima, marcado por um significativo volume de chuvas.
Segundo a empresa de meteorologia Climatempo, a previsão de um verão mais “murcho” se baseia na atuação da La Niña, que atua como um dos principais facilitadores do deslocamento de frentes frias pela América do Sul. Alexandre Nascimento, meteorologista do Climatempo, explica que o fenômeno é fraco, mas deve continuar atuando até meados de fevereiro.
“Depois, ela deixa de existir. Mas não volta um efeito de El Niño. A segunda parte do verão deve continuar como uma condição muito próxima da normalidade”, comenta o profissional.
Ele acrescenta que, ao contrário das temporadas anteriores, também serão menos frequente dias consecutivos de calor. Isso porque as frentes frias – que trazem chuva e são seguidas por um “refresco” no calor – devem encontrar mais facilidade para atuar em todo o Paraná, tal como ocorreu durante a primavera. A estação chegou a registrar o 3.º novembro mais frio da história, com dias seguidos de céu cinza e chuviscos.
“Muita gente esse ano reclamou de uma primavera mais fria. Mas, na verdade, ela está sendo normal. O que foi anormal foram os últimos dois anos, que foram muito quentes”, ressalta Nascimento.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a média da temperatura máxima em Curitiba varia entre 25,4°C e 25,8°C entre os meses de dezembro e fevereiro. O dia mais quente já registrado pelo órgão na capital pelo órgão foi de 34,8°C em fevereiro de 1975.
Muita chuva
O verão 2016/2017 será marcado por chuvas. E aí vem o alerta para órgãos de Defesa Civil, que devem estar preparados para possíveis casos de desmoronamento e queda de barreiras, ressalta o Climatempo.
No Sul, estão previstas precipitações acima da média a partir da segunda quinzena de janeiro, principalmente na parte Leste dos três estados. Em fevereiro também há indicações de que a média histórica de chuvas seja superada, assim como em março. A expectativa é de que o último mês do verão assista à passagem de ao menos quatro frentes frias na região.
“O Sul não deve ter seca, como normal as pessoas esperam em anos de La Niña. Até porque o La Niña que temos é de fraca intensidade”. O meteorologista comenta que concentrações maiores serão registradas entre o Leste e Nordeste de Santa Catarina, onde fica o Vale do Itajaí, e também na região de Curitiba.
Por outro lado, o volume significativo de precipitações, que também se estende para o Sudeste do país, mantém o alívio nos reservatórios de água de todo o país. Como consequência, as bandeiras tarifárias não vão ser impactadas pelo uso de usinas termelétricas, mantendo custos mínimos de geração de energia.
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