Com a falta de chuvas e a baixa umidade relativa do ar, o risco de incêndios florestais no Paraná chegou ao extremo. À exceção do litoral e de uma parte dos municípios de Antonina e Guarapuava, todas as demais regiões do estado exigem cuidados. "Chegamos aos patamares que foram verificados em outubro de 2006, quando aconteceu o ápice da falta de chuva, situação crítica que gerou racionamento de água em alguns locais", diz o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Para piorar a situação, não há previsão de chuva para os próximos cinco dias.
O número de incêndios florestais registrados pela Defesa Civil no primeiro semestre do ano cresceu 21%. Entre os meses de janeiro e junho de 2006 ocorreram 3.980 incêndios, contra os 4.883 contabilizados neste ano. Do número total, 2,2 mil aconteceram em junho, devido à geada, vegetação seca, queda nos índices pluviométricos e baixa umidade relativa do ar.
Desde o início do ano, o fogo já consumiu 3.259 hectares no estado. "Em 2006, foram 3.415 hectares atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Houve diminuição da área queimada e aumento do total de atendimentos", afirma Pinheiro. Apesar da queda da área atingida, a prevenção tem de ser permanente.
A principal ação a ser evitada é atear fogo na vegetação prática comumente usada para a limpeza de terrenos. Pontas de cigarro também não podem ser atiradas, principalmente às margens de rodovias ou em plantações. Latas de metal, que absorvem o calor, e pedaços de vidro, que causam convergência de raios solares, não devem estar em contato com a vegetação. A última proibição é soltar balões.
Denunciar as práticas perigosas e os incêndios também é indicado. Foi como agiram na tarde de ontem os vizinhos de um terreno de 400 metros quadrados atingido pelo fogo, no bairro Santa Felicidade, na capital. Os telefones 0800-6430304, 190 e 193 estão disponíveis à população. "A única coisa que pode reverter o quadro é a chuva. Como não temos poder sobre ela, trabalhamos com as pessoas. A ação humana tem sido responsável pelos incêndios", diz o tenente da Defesa Civil.
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, não irá chover nesta semana. A massa de ar frio e seco deve permanecer estacionada sob o estado. "Até que tenhamos situação de frente fria, o tempo deve se manter estável. A condição de tempo seco tende a se manter com maior ênfase", afirma o meteorologista Fernando Mendonça Mendes. A previsão para hoje em Curitiba é de mínima de 10°C e máxima variando de 20 a 24°C.
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