Um paranaense, de 21 anos, está entre os chefes do Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST) presos, em Brasília, por causa do quebra-quebra no Congresso Nacional.
Arildo Joel da Silva, que era estudante universitário e entrou no MLST há apenas um mês, foi indiciado por tentativa de homicídio contra um segurança da Câmara, que está em estado grave.
Segundo as investigações da polícia, partiu dele a pedra que atingiu o chefe de segurança, Normando Rodrigues, que sofreu traumatismo craniano. Mas Arildo prestou depoimento e negou a agressão.
O acusado é de Lindoeste, no Oeste do Paraná. Mora num sítio, dentro de um assentamento do Incra, com os pais e três irmãos. O pai é agricultor e também faz transporte escolar. A mãe é professora numa escola pública.
Segundo o pai, Arildo cursava Educação Física numa faculdade particular no Sul do estado, mas trancou a matrícula, no começo deste ano, porque perdeu o emprego de operário, numa fábrica, e ficou sem dinheiro para pagar as mensalidades.
Depois disso, Arildo Silva começou a freqüentar o acampamento do MLST perto do sítio dos pais e, há um mês, teria decidido entrar no movimento.
O rapaz saiu de casa no domingo, com outros jovens que também fazem parte do movimento, e para os pais, a última notícia do filho chegou por meio da imprensa.
No início da madrugada, Arildo Joel da Silva deixou a delegacia onde estava, em Brasília, e foi levado para uma penitenciária.
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