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Ambientação lembra as rodas de capoeira e de samba no início do século passado | Ricardo Sodré/JLM Produções
Ambientação lembra as rodas de capoeira e de samba no início do século passado| Foto: Ricardo Sodré/JLM Produções

Curitiba e Brasília – A maioria dos deputados paranaenses trabalhou contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo, que investigaria a crise aérea. Na votação da última quarta-feira, 17 parlamentares do estado votaram pelo arquivamento da comissão, entre eles um da oposição, Aírton Roveda, do PPS. Outros 7 votaram pela instalação da CPI – todos de partidos que estão fora do governo Lula. Seis não compareceram ao plenário.

No total do plenário da Câmara, 308 deputados votaram pelo arquivamento da comissão, 141 contra e 2 se abstiveram de dar opinião. Tanto governo quanto oposição registraram traições. Na base governista, 9 deputados do PMDB, 4 do PP, 3 do PSB e 1 do PR votaram a favor da CPI. No lado oposicionista, outras surpresas: 4 parlamentares do PFL, 1 do PSDB e 1 do PPS – votaram com o governo contra a comissão.

Depois que a Câmara derrubou no plenário da Casa a criação da CPI do Apagão Aéreo, a oposição sugeriu a possibilidade de instalação de uma CPI mista com deputados e senadores. Ontem, no entanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), descartou essa possibilidade. Segundo Renan, o Senado não pode autorizar a instalação de uma comissão integrada por deputados se a Câmara rejeitou essa iniciativa. "Não se faz CPI mista se uma das casas já a derrubou. É uma questão de lógica", afirmou.

Mesmo assim, os oposicionistas não descartam a tentativa da instalação da CPI somente no Senado. Eles aguardam ainda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um mandado de segurança para a instalação da CPI. Para deliberar sobre o tema, o STF espera informações pedidas à Mesa Diretora da Câmara, que pode demorar até dez dias para responder à solicitação.

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