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viagem para a polÔNIA

Paranaenses perdem viagem à JMJ após calote de agência de turismo

 | Gilmar Guth/Arquivo pessoal
(Foto: Gilmar Guth/Arquivo pessoal)

Um grupo de 22 jovens de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, sofreu um calote de uma agência de turismo. Eles embarcariam nesta sexta-feira (22), às 14 horas, para Cracóvia, na Polônia, onde acontece a Jornada Mundial da Juventude, de 26 a 31 de julho. Mas a viagem precisou ser cancelada, já que a agência não entregou as passagens aéreas a tempo.

O prejuízo é de quase R$ 180 mil. Segundo o organizador, Elton Prado, cada participante investiu aproximadamente R$ 8 mil. A expectativa era receber as passagens até quinta-feira (21), mas desde o dia 19 eles não conseguem contato com a empresa, que fica em Piracicaba (SP). A maioria dos envolvidos já registrou Boletim de Ocorrência e o grupo contratou um advogado. O último contato telefônico que Prado conseguiu com a agência foi na segunda-feira (18).

No início da negociação, o ponta-grossense chegou a ir pessoalmente à sede da empresa, depois um representante visitou Ponta Grossa para dar detalhes da oferta. Depois, todos os contatos aconteceram por telefone e e-mail.

Prado conta que a mesma agência vendeu pacotes turísticos para a Jornada Mundial da Juventude em todo o país. Segundo ele, um grupo de São Paulo procurou a sede da empresa no interior do estado na quarta-feira, mas o local estava fechado. O mesmo problema teria acontecido em Guarapuava, onde os participantes perderam o voo por estar sem as passagens. “Os grupos que viajaram nos dias 18 e 19 receberam as passagens um dia antes. Então nós já esperávamos um atraso na entrega”, explica.

A empresa chegou a enviar uma notificação de cancelamento do contrato, alegando inadimplência. O valor do pacote por pessoa era de R$ 6.500, pago integralmente pelos participantes, e havia mais R$ 1.800 por um reajuste, já que o contrato previa valores em dólar. De acordo com Prado, a empresa concordou em receber esse reajuste de alguns jovens somente após a viagem.

Grande parte do dinheiro tinha sido arrecadada com a comunidade da Paróquia São Sebastião, no bairro da Nova Rússia, em Ponta Grossa, com rifas, bazares e outros eventos que os jovens têm organizado há cerca de um ano. “A Jornada nós já perdemos, não tem tempo hábil para conseguir dinheiro nem passagens. Mas a gente criou uma expectativa sobre a viagem, ele tem que pagar”, diz.

A reportagem tentou contato por telefone com o dono da empresa no início da noite de hoje, mas ele não atendeu às ligações.

JMJ

Em 2013, outro caso em Ponta Grossa que envolvia uma viagem à Jornada Mundial da Juventude ganhou repercussão nacional. Três homens invadiram a casa de um jovem de 25 anos em busca dos R$ 24 mil que pagariam a ida de um grupo ao evento, sediado naquele ano no Rio de Janeiro. O estudante reagiu ao assalto e levou um tiro que o deixou paraplégico. O valor também tinha sido arrecadado com a ajuda da comunidade e da igreja.

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