Um casal de Umuarama, no Noroeste do Paraná, que foi tentar ganhar a vida na Inglaterra vive agora um drama para recuperar a guarda do filho Edyglaison Martins dos Santos, de 3 anos. A criança, que teve o visto retido e não pôde deixar o país, sofre de uma doença rara.
A síndrome de Wiscott Aldrich é semelhante à leucemia e provoca sangramentos até pela pele. Mesmo assim, as autoridades inglesas informaram à família que só liberam o menino se receberem uma garantia de que o tratamento terá continuidade no Brasil. Enquanto isso, a criança está sob os cuidados de uma família inglesa na cidade de Grimsby, a três horas de Manchester.
O pai do menino, Roberson Tavares dos Santos, 25 anos, disse que não está conseguindo apoio das autoridades brasileiras para ir buscar o filho. Desde setembro, quando saiu às pressas da Inglaterra para não ser preso, ele viu a criança apenas duas vezes pela internet.
O drama do casal começou quando a criança adoeceu e começou a expelir sangue pelo nariz e boca. Santos e a mulher Flávia Aline Boreski, que não é a mãe biológica do menino, afirmam que quando chegaram ao hospital foram tratados como criminosos porque os médicos suspeitaram que a criança teria sido agredida.
Um mandado de prisão foi expedido contra o pai. Três dias depois um laudo médico atestou que se tratava de uma doença e não de agressão física.
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