Paranaenses terão fim de semana chuvoso

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Uma sexta-feira abafada com possibilidade de pancadas de chuva forte, queda de granizo e ventos fortes, em algumas regiões do Paraná. O fim de semana também deve ser chuvoso, principalmente na capital, mas o tempo deve melhorar já na segunda-feira. As previsões são do Instituto Tecnológico Simepar.

A forte chuva que caiu na capital durante o início da noite de quarta-feira, fez com que os moradores de várias regiões de Curitiba, principalmente do bairro Bacacheri, passassem a quinta-feira consertando os estragos causados pela tempestade.

Ciclone no BacacheriVentos fortes chegando aos 65 quilômetros por hora e árvores retorcidas fizeram moradores da Rua Venezuela, no bairro Bacacheri, em Curitiba, falar em "um pequeno ciclone".

A idéia não parece exagero se o estrago for observado. Mais de cem residências ficaram sem energia elétrica e diversas ruas estão bloqueadas. Ao todo, 25 das 37 árvores existentes no trecho da Rua Venezuela caíram. Três delas tombaram completamente. Cinco casas tiveram seus telhados atingidos. O caso mais mais grave foi de um pinheiro que desabou destruindo integralmente a casa de um morador. Por sorte ninguém saiu ferido.

Segundo o meteorogista Samuel Braun, do Simepar, é muito difícil saber exatamente o que aconteceu na Rua Venezuela no começo da noite de quarta-feira sem fotografias ou vídeos para análise.

"É verdade que, pelas informações do radar, havia condições favoráveis à formação de um fenômeno como esse, mas sem uma comprovação visual não podemos dizer nada", argumenta. Mas explica que as chuvas fortes e rápidas são comuns no verão. "Essas chuvas são muito localizadas por causa de um aquecimento desigual em áreas muito próximas", conclui.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Domingos Caporrino Neto, afirma que as árvores da Rua Venezuela estavam em bom estado. "Foi uma catástrofe da natureza", definiu. Em bom estado ou não, muitas delas foram cortadas desde a base.

EnergiaAlém dos trantornos com a chuva, os moradores ficaram sem luz e alguns até sem água. Segundo a Copel, 101 mil consumidores ficaram sem luz após o temporal - a estimativa é de que 400 mil pessoas em Curitiba e região tenham sido prejudicadas.

No fim da tarde desta quinta-feira (17), apenas alguns pontos nos bairros Boa Vista e Bacacheri e no município de Fazenda Rio Grande ainda estavam sem energia. A assessoria de imprensa da Copel explica que o motivo mais comum da queda de energia é o curto-circuito provocado quando árvores puxam os fios, que acabam se tocando. Para evitar danos maiores, os transformadores próximos se desligam e interrompem o fornecimento.

ÁguaO abastecimento de água também foi cortado em 15 bairros de São José dos Pinhais e 13 de Piraquara, ambos na região metropolitana, atingindo 70 mil pessoas - nem todas perceberam o problema por terem água suficiente nas caixas d'água.

A causa foi a queda de energia nestes locais. O fornecimento foi normalizado ainda na noite de quarta. Em Curitiba, 21 bairros tiveram o abastecimento cortado por causa de uma paralisação na Estação de Tratamento de Água Passaúna, mas a parada havia sido programada e os moradores já haviam sido avisados. Em dez bairros, a água voltou ainda na quarta; nos outros 11, ao meio-dia de quinta-feira.

LondrinaSe a forte chuva castigou os moradores de Curitiba e região na noite de quarta-feira, em Londrina, Norte do estado, a chuva forte veio no fim da tarde desta quinta-feira.

A chuva provocou a queda de árvores em várias regiões da cidade. No Centro, uma Santa Bárbara de mais de 20 metros de altura caiu sobre a carroceria de um caminhão em movimento na Rua Araguaia. O motorista Marcelo Claro de Camargo saiu ileso, mas muito assustado. A rua ficou interditada por cerca de duas horas, complicando o trânsito na região. "Estava descendo pela (rua) Itajaí, e quando dobrei a esquina senti um balanço e o caminhão parou. Olhei pelo retrovisor e vi que a árvore tinha caído em cima da carroceria", contou.

Maurício Marcelo Torres, sócio-proprietário de uma loja de peças na frente do local onde a árvore estava plantada, afirma que vem há cinco meses pedindo o corte à Secretaria do Meio Ambiente de Londrina.

Moradores de várias regiões de Curitiba passaram a quinta-feira consertando os estragos causados pela tempestade.