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Dez jovens de Curitiba se preparam para trocar o verão brasileiro pelo rigor do inverno da Caxemira paquistanesa. A região foi arrasada pelo terremoto do último dia 8, que registrou 7,6 graus na escala Richter (que vai de 0 a 9), matou mais de 150 mil pessoas, feriu 100 mil e deixou 3 milhões desabrigadas.

O grupo, liderado pelo ex-metalúrgico Alexandre Palmeira, 29 anos, pretende embarcar no próximo dia 11 para prestar assistência às vítimas nos próximos cinco meses. Esse é justamente o período crítico do inverno paquistanês – quando as temperaturas na Caxemira chegam a -20° C.

"Queremos atuar no atendimento médico aos desabrigados, na construção de abrigos, na reconstrução de casas e no auxílio aos resgates em vilarejos agastados", explica Palmeira, que pertence à missão evangélica Jovens com uma Missão (Jocum) e trabalhou durante um ano no Afeganistão após a invasão americana em 2001, motivada pela queda das torres gêmeas no 11 de setembro daquele ano.

Para a expedição, os voluntários – representados pela Fundação Presbiteriana de Curitiba – pediram a intermediação do Itamaraty.

Se a resposta for não, o grupo espera custear a viagem com ajuda de empresas ou pessoas simpáticas à causa. Palmeira calcula o custo entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, se for de vôo comercial. Quem desejar ajudar, o telefone (41) 3364-2981.

Itamaraty

A assessoria de imprensa do Itamaraty informa que o pedido de transporte foi encaminhado ao gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Com relação aos voluntários, não houve pedido do governo paquistanês. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, mais do que pessoas, o Paquistão estaria necessitado de dinheiro. Para isso, o consulado do país em São Paulo abriu no Banco do Brasil a conta corrente 121707–1, da agência 2807-X.

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