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Um paraquedista profissional morreu na tarde desta sexta-feira (19), em Boituva (SP), após chocar-se no ar com outro paraquedista, desmaiar e cair em queda livre.

Cláudio Knippel, 45, era considerado um dos melhores paraquedistas da modalidade freefly, em que os atletas fazem manobras e coreografias. Em treinamento, saltou a 12 mil pés e, no ar, chocou-se com um colega. Inconsciente, caiu em um canavial e morreu na hora.

Segundo o presidente da Confederação Nacional de Paraquedismo, Luiz Cláudio Santiago, foi apontada uma sucessão de erros no salto, sobretudo a ausência de um equipamento obrigatório desde dezembro de 2014, o DDA (Dispositivo de Acionamento Automático).

O aparelho é instalado no equipamento e abre automaticamente o paraquedas, a determinada distância do solo, caso o paraquedista não acione o dispositivo.

“Ele salva vidas. Se a pessoa não fizer nada, como era o caso do Cláudio, ele abre sozinho. Se ele estivesse usando, provavelmente não teria falecido”, diz Santiago.

Além disso, Knippel também estava com seu cadastro na confederação nacional vencido desde 31 de março, portanto irregular, segundo Santiago. E o paraquedas reserva de Knippel, segundo o presidente da confederação, não recebia vistoria há mais de um ano - a inspeção é obrigatória a cada seis meses.

“O freefly é uma modalidade rápida e o esporte é seguro. Infelizmente, estes procedimentos não foram seguidos”, diz Santiago.

Os comitês de instrução e segurança e de equipamentos, da confederação nacional, vão elaborar um relatório e repassá-lo ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da categoria. Em seguida, o caso seguirá para o Ministério Público.

Knippel era advogado e consultor em direito empresarial, praticava o esporte havia 20 anos e possuía ao menos 6 mil saltos no currículo.

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