A companheira da professora que morreu na semana passada vítima de queimaduras foi ouvida na Delegacia de Homicídios de Curitiba nesta quarta-feira (22) e afirmou que tudo foi um acidente. À polícia, a companheira da vítima disse que as duas fumavam crack antes do ocorrido e que, quando a droga acabou, ela foi para o quarto, enquanto a professora continuou na cozinha. "Quando acaba a droga, eles colocam fogo no recipiente. Ela disse que a professora estava sozinha na cozinha, sem roupa e, ao fazer isso, ateou fogo em si própria", disse o delegado Rubens Recalcatti.
A mulher também disse aos policiais que foi até a companheira assim que ouviu os gritos, ajudou a apagar o fogo, passou uma pomada para queimaduras, vestiu uma camisa nela e a levou para o hospital. "A polícia vai continuar a averiguar a situação para ver se há veracidade no depoimento dela", declarou Recalcatti.
A polícia procurava a mulher para depor desde o último sábado (18). Na terça-feira (21), os policiais foram até o apartamento dela, bateram na porta, mas ninguém atendeu. Eles voltaram mais tarde, acompanhados pela irmã dela, que conseguiu fazer com que ela atendesse os policiais. Mas, segundo o delegado, a mulher estava sem condições de depor e foi levada para um hospital.
Parentes da vítima e funcionários do prédio onde as duas viviam disseram que as duas brigavam muito. Elas moravam juntas há aproximadamente um mês. A mãe da professora disse à polícia que elas se agrediam fisicamente com frequência.
Confusão no trânsito
No dia que a professora sofreu as queimaduras, a parceira dela entrou na contramão e bateu em dois carros na Rua Pedro Gusso, no Capão Raso. Ela discutiu com os policiais e foi levada para o 8º Distrito Policial.