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Grevistas dos Correios fizeram passeata pelo centro de Curitiba | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Grevistas dos Correios fizeram passeata pelo centro de Curitiba| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Cerca de cem pessoas promoveram ontem, em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, a manifestação Luta Sim Luto Não, que também deve ser realizada hoje em outras capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Participaram do ato familiares e amigos de vítimas da violência em Curitiba. Com cartazes, faixas e camisetas que lembravam os parentes mortos, eles concentraram-se na Praça Santos Andrade a partir das 9 horas. No local foram pintadas 36 cruzes no chão, em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para simbolizar as mortes violentas registradas na capital nos últimos dez dias. Da Santos Andrade os manifestantes rumaram pela Rua XV de Novembro pedindo justiça e o fim da impunidade.

O mecânico Neri Domingos Moraes, 43 anos, era um dos participantes. Há um ano e três meses ele perdeu o filho, morto a facadas quando voltava da casa da namorada. O crime continua sem solução. Para Moraes, a polícia poderia ter feito mais para resolver o caso. "Na delegacia eles não quiseram nem fazer um retrato falado de um suspeito." O inquérito da morte de Alexandre de Lima Moraes, filho de Neri, está na Delegacia de Alto Maracanã, em Colombo.

O técnico administrativo e estudante universitário Jules Ventura Silva, 23 anos, era um dos oradores do ato. Em uma semana ele velou dois amigos e ex-colegas de escola. "A polícia tem que dar atenção também para os moradores da periferia, uma população marginalizada. Não somos bandidos e nossos jovens estão morrendo."

Um dos amigos de Jules era Willian Thomas Castilho dos Santos, 23 anos, morto em agosto em um ônibus de sacoleiros que rumava para São Paulo. "Até agora não sabemos nada sobre os autores do crime", relata Silva. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos.

O protesto terminou na Boca Maldita, onde os manifestantes rezaram e cantaram o Hino Nacional.

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