O início da campanha do desarmamento está mobilizando deputados estaduais e vereadores de Curitiba para as frentes parlamentares que defendem ou são contra o comércio de armas de fogo no Brasil. Desde segunda-feira, a propaganda de rua já é permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas por enquanto o momento é de articulação.
No referendo, marcado para o dia 23 de outubro, a população deve responder sim ou não a seguinte pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". Deverão votar os eleitores maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, os maiores de 70 anos e maiores de 16 e menores de 18 anos.
Segundo matéria de Daniela Neves e Kátia Chagas da Gazeta do Povo da Gazeta do Povo desta quinta-feira, a campanha será coordenada por duas frentes parlamentares que vão apresentar argumentos a favor e contra a venda de armas. Nacionalmente, a frente "Por um Brasil Sem Armas" é coordenada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e a "Pelo Direito da Legítima Defesa", coordenada pelo deputado federal Alberto Fraga (PFL-DF).
No Paraná, o deputado estadual Ratinho Júnior (PPS) está coordenando a campanha contra o desarmamento. Ratinho deve reunir-se na próxima semana com Renan Calheiros para discutir a formação de um comitê estadual a favor do desarmamento. O deputado pretende contar com o apoio de entidades civis para a campanha junto à população, que deve ser iniciada ainda este mês. "Estamos buscando auxílio de órgãos com influência junto à opinião pública, como a OAB, igrejas e prefeituras", revela.
Ratinho Júnior diz acreditar que o desarmamento, mesmo não resolvendo o problema da segurança pública, pode ajudar na diminuição das mortes por armas de fogo. "Acaba com os crimes que ocorrem por motivos banais, como brigas de bar ou acidentes domésticos", diz.
O vereador André Passos está se unindo a Ratinho. Eles têm uma reunião marcada para sexta-feira para organizar a campanha no estado. "Personalidades públicas devem ser chamadas para falar na propaganda na televisão", disse Passos. A propaganda gratuita no rádio e na televisão começa no dia 23 de setembro e termina dia 20 de outubro, quando também termina a propaganda política em comícios e reuniões públicas e para realização de debates.
Do outro lado, parlamentares defendem o direito à compra de armas. O deputado Antônio Anibeli (PMDB) considera absurda a proposta do governo federal de desarmar as pessoas. "O bandido, sabendo que o cidadão está desarmado, não vai pensar duas vezes antes de entrar em uma casa", disse. Ele está se preparando para defender a proposta na televisão.
O vereador Jônatas Pirkiel (PL) vai se juntar à frente contra a lei de proibição de venda de armas. "O governo tira da gente o poder de ter arma e não dá garantia de proteção à vida. Desarma o homem honesto e o bandido continua armado", diz Pirkiel. Outro vereador que é contra a proposta do desarmamento é Jairo Marcelino (PDT). "Facas e automóveis matam mais do que armas", diz.
O vereador Tico Kuzma (PPS) pediu à Comissão de Segurança Pública e Cidadania a realização de um seminário para discutir o assunto. "Ainda não me defini. É um assunto complexo que merece ser discutido com toda a população". O seminário na Câmara deve ocorrer em setembro.
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