A revitalização do Parque do Monge unidade de conservação localizada na Lapa, na região metropolitana de Curitiba deveria estar pronta em fevereiro deste ano, mas as obras vão começar apenas na semana que vem. A ordem de serviço foi assinada na última segunda-feira pelo governador Orlando Pessuti (PMDB), que esteve na cidade para receber o título de cidadão honorário. A primeira fase da obra, que contempla trilhas e centro de visitação, está orçada em R$ 2,5 milhões.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, os trabalhos devem começar na semana que vem. A previsão é que o serviço esteja concluído em abril de 2011. "É uma obra a céu aberto, então vamos ver se não vai ter períodos longos de chuva que possam atrasar o cronograma", diz.
Desde que foi anunciada pelo então governador Roberto Requião (PMDB), em janeiro de 2009, a obra de revitalização forçou o fechamento da unidade para que os visitantes não se arriscassem em meio aos operários. No entanto, com o atraso no serviço, segundo a secretaria por questões "burocráticas", o parque foi reaberto mesmo sem condições de segurança em julho deste ano, mas apenas aos finais de semana.
De acordo com Callado, a comissão que acompanha as obras ainda vai definir se a unidade será fechada durante a revitalização. "É possível que o acesso seja restrito à visitação religiosa durante os finais de semana porque os trabalhos podem levar riscos aos visitantes", considera o secretário. Cerca de R$ 2,2 milhões serão investidos na infraestrutura do parque, como trilha, mirante, saneamento, monumento do monge e um centro de visitação. Os R$ 300 mil restantes serão aplicados no término da remoção das espécies exóticas e no plantio de mudas nativas.
A segunda fase da revitalização, que prevê a construção de lanchonetes e quiosques com churrasqueiras, ainda não foi orçada. Após a revitalização da primeira fase, conforme o secretário, será implantado um plano de manejo para a visitação no espaço já que, como lembra Callado, apesar de o local atrair o turismo religioso é uma unidade de conservação ambiental e precisa dos devidos cuidados. A crença de que em 1847 o monge João Maria de Agostini usava o local como abrigo para fazer curas leva até hoje centenas de visitantes à gruta.