Parte da obra do Viaduto Estaiado na Avenida das Torres, em Curitiba, foi embargada depois de uma inspeção do Ministério do Trabalho (MT) constatar que havia grave risco de acidentes para os trabalhadores. Os serviços que utilizam andaimes das laterais da obra, parte da colocação de tubos e das escavações devem ser interrompidas até a regularização. Segundo o consórcio responsável pela obra, as exigências estão sendo resolvidas e não atrapalham o cronograma de entrega, previsto para o fim deste mês.
O MT afirma que encontrou diversas irregularidades nos andaimes laterais de acesso à obra, que foram interditados. O relatório aponta que os andaimes foram montados por trabalhadores sem qualificação, não tinham travamento por desencaixe acidental e apresentavam pontos de forração incompletos (que permitiriam a um trabalhador "pisar no vazio"). Os andaimes também não tinham cabo de segurança independente da estrutura (se a estrutura caísse, não haveria outro ponto que segurasse o trabalhador) e, por fim, o acesso ao andaime foi classificado como inseguro.
Os auditores do MT também embargaram um talude (acúmulo de terra de escavação), com risco de desmoronamento por causa das chuvas, e um poço fundo e sem sinalização. Nos dois casos, havia a possibilidade de soterramento ou outro acidente grave.
As modificações necessárias para tornar a obra segura não são complicadas, na avaliação de Elias Martins, chefe da Seção de Inspeção de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná. "Me parece que o problema é pequeno, mas se o acidente ocorresse, o trabalhador não se safaria. Em regra as pessoas morrem por soterramento", afirma. Segundo ele, a inspeção foi feita por demanda ou seja, por solicitação de alguém ou alguma entidade cuja identidade não é revelada.
O Consórcio CR Almeida/ J. Malucelli, que administra a obra, informou que as reivindicações do MT serão cumpridas e que as adaptações não vão atrapalhar o cronograma previsto de entrega até o fim de março. Ainda segundo o consórcio, uma nova vistoria seria feita nesta sexta-feira (14). Mas o MT ainda não havia recebido o requerimento de nova fiscalização, que deveria ser enviado pela construtora até as 17h30 desta quinta (13). Depois de recebido, o prazo para nova fiscalização é de um dia.
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