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Passageiros que chegaram hoje de países infectados pela gripe suína criticaram a operação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio. Em pelo menos um voo, procedente de Miami, todos os passageiros foram levados para uma sala na parte externa do aeroporto, onde tiveram de responder a um questionário. "Achei uma operação malfeita, pois colocaram todo mundo em uma sala fechada, o que aumentava os riscos de contaminação das pessoas. E se tivesse alguém infectado ali?", reclamou Bruno Vidigal de Carvalho, diretor da empresa Altatech Offshore, que vinha de Houston. Os passageiros não receberam máscaras nem instruções sobre como se comportar durante o tempo em que ficaram na sala.

O avião, da companhia American Airlines, foi impedido de parar no terminal, sendo direcionado a uma área distante do aeroporto. De lá, os passageiros seguiram para a sala onde estavam os agentes da Anvisa. A triagem, porém, não era rigorosa - muitos passageiros relataram que nem foram questionados sobre possíveis sintomas da gripe. Os passageiros preencheram um questionário, que continha perguntas sobre procedência e endereço no Brasil, e depois foram encaminhados à área de desembarque. Lá houve uma distribuição de panfletos com recomendações sobre o que fazer em caso de aparecimento dos sintomas. Na saída do terminal, nenhum passageiro usava máscaras cirúrgicas.

A atuação da Anvisa indica maior cautela em relação à estratégia adotada nos Estados Unidos, onde as autoridades vêm focando o trabalho de prevenção em informações sobre higiene pessoal, como lavar as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos à boca e aos olhos. Nos aeroportos de Houston e Miami, não há triagens nem aplicação de questionários. Poucas pessoas são vistas com máscaras, sejam passageiros ou funcionários.

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