Luís Barcelos aponta semelhanças entre aeroportos de Curitiba e Porto Alegre e diz que atrasos causados pelo mau tempo prejudicam mais quem precisa fazer conexões| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Falta de conforto e atrasos são as principais reclamações dos passageiros que usam o Afonso Pena. "Era preciso melhorar a aparelhagem para ter teto com neblina", diz o engenheiro civil Luis Sergio Barcelos. O gaúcho afirma que a questão se repete em Porto Alegre e implica, mais do que em atraso, em perda de voos. "Aguardar um tempo a mais até não incomoda. Mas, muitas vezes, você perde a conexão. E aí atrapalha. Isso mostra um problema geral dos aeroportos do Brasil", diz.

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O vendedor Vinicius Mendonça acompanha há três meses o andamento do aeroporto. Ele observa a falta de conforto como problema. "Deveriam aumentar as salas de embarque, colocar mais aparelhos de raio-x e ampliar o saguão. Na última quarta-feira, não dava para andar aqui", diz. "Também poderiam colocar poltronas mais confortáveis", completa. A arquiteta Lucia Vasconcelos reclama da falta de ar-condicionado. "Aqui é muito abafado no calor", opina.

A vendedora Laurene (que preferiu não informar o sobrenome) começa a trabalhar cedo e conta que às vezes vê pessoas que chegaram junto com ela ao aeroporto ainda aguardando o voo, depois de 4 ou 5 horas. "As pessoas ficam irritadas com razão. E nós, que trabalhamos aqui, é que levamos as patadas", diz. "Quando tem neblina, saio de casa e sei que o meu dia vai ser duro", afirma.

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Outro dos problemas citados pelos usuários, a falta de vagas no estacionamento, se agrava quando ocorrem festas no aeroporto. "Um dos restaurantes aluga o espaço para festa e as pessoas não conseguem parar o carro. Vieram umas 200 pessoas de uma só vez ao evento, acabando com as poucas vagas", diz Mendonça.