Ônibus grátis

Os estudantes universitários beneficiados pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) ou pelo programa de cotas do governo federal passaram a ter direito a viagens gratuitas nos ônibus municipais do Rio. Universitários cuja renda familiar per capita seja de até um salário mínimo passam a ter o mesmo benefício. A medida consta de decreto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) publicado ontem no Diário Oficial do Município.

Os estudantes poderão fazer até 76 viagens por mês, sendo no máximo quatro por dia.

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Mais de mil pessoas aproveitaram o "roletaço" realizado ontem à noite na Central do Brasil, principal estação ferroviária do Rio, e viajaram de graça para casa na volta do trabalho. Foi uma reedição do ato contra o aumento das passagens organizado pelo movimento Passe Livre do Rio na última terça-feira, em que pelo menos 500 pessoas pularam as roletas da Central. Os dois foram pacíficos.

Ontem, o número inicial de manifestantes era menor, cerca de 100, mas os usuários de trem voltaram a aderir em massa ao chamado: "Pula que é de graça!"

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Policiais militares mais uma vez acompanharam de perto, sem interferir. O protesto começou por volta das 19 horas, após uma passeata pela avenida Presidente Vargas, e até as 20 horas não havia acabado.

O único princípio de confusão ocorreu logo no início, quando um PM tentou impedir que um manifestante pulasse a roleta, puxando sua camisa. No entanto, o major que comandava os policiais chegou em seguida e liberou o ativista.

A manifestação ocorreu um dia após o prefeito Eduar­do Paes (PMDB) ter autorizado um aumento da passagem dos ônibus municipais, que vai entrar em vigor em 8 de fevereiro. Elas passarão de R$ 2,75 para R$ 3. A passagem dos trens custa R$ 2,90.

"Ei, Fifa, paga a minha tarifa", "Mãos para o alto, a passagem é um assalto" E "Au au au, põe na conta do Cabral", gritava em coro a multidão eufórica. Black blocs organizavam as filas de calotes e orientavam os usuários dos trens a não seguir para os guichês da concessionária: "É só passar direto, hoje trabalhador não paga". Jovens pulavam e senhoras passavam por baixo das roletas, comemorando a economia.

"Tinha que ter isso todo dia", disse o analista de sistemas Wagner dos Santos, de 28 anos. "Isso é revolta popular. A gente paga por um transporte caro e de má qualidade. Eu apoio com certeza", declarou o passageiro.

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