Em 3 de fevereiro de 1919 você ainda não tinha nascido, provavelmente seus pais também não, talvez nem mesmo seus avós. O mundo se recuperava dos traumas da 1ª Guerra Mundial e sequer imaginava que uma 2ª Grande Guerra fosse possível. Nem mesmo a quebradeira da bolsa de Nova York era prevista - algo que, dez anos depois (1929), marcaria o início do mais longo período de recessão econômica já vivido pelo sistema capitalista, tão grave que ficou conhecido como a "Grande Depressão".
O Brasil tinha um governo provisório. O vice-presidente, Delfim Moreira, ocupava a presidência interinamente até a realização de novas eleições, marcadas para abril de 1919 por imposição da lei, já que o titular Rodrigues Alves não tinha conseguido assumir por problemas de saúde e acabou morrendo vítima de gripe espanhola meses depois de eleito.
Foi nesse contexto que a Gazeta do Povo nasceu. A primeira capa, aliás, tratava da sucessão presidencial (que naquela época escrevia-se com dois "c": succeção) e falava da candidatura de Ruy Barbosa (com "y") em oposição a Epitácio Pessoa, que acabou vencendo.
Nesta segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020, o jornal completa mais um aniversário: 101 anos. Passar do primeiro centenário é privilégio para poucas pessoas e ainda mais raro no caso de empresas. Não é preciso ter vivido mais que duas décadas para perceber a brevidade da vida, seus riscos e os desafios a vencer, ainda mais num mundo em transformações tão aceleradas quanto as atuais.
A Gazeta do Povo, curitibana de nascença e hoje lida por cidadãos de língua portuguesa em todo o mundo nas várias plataformas digitais, sobreviveu à 2ª Guerra Mundial, à Grande Depressão de 1929 e a uma série de outras turbulências políticas e econômicas, inclusive à previsão quase apocalíptica do fim dos jornais.
Precisou se reinventar, é verdade, porque o mundo mudou. E um veículo que se presta a contar as histórias importantes do dia a dia, precisa acompanhar as mudanças pelas quais passa a humanidade.
Desde 2017, a Gazeta do Povo é digital (a versão impressa circula só nos fins de semana em Curitiba e Região Metropolitana). Com isso, eliminou fronteiras, ganhou leitores e assinantes em todos os estados brasileiros e até no exterior e segue sendo descoberta a cada dia por gente que pensa que o jornal é novo. Essa é a graça de ter mais de 100 anos!
Para quem quiser conhecer ou relembrar em detalhes a história e as convicções da Gazeta do Povo fica aqui o convite para navegar pela edição comemorativa do centenário, publicada no ano passado. Afinal outra graça de ter mais de 100 anos em tempos digitais é ter a história ao alcance de um clique e poder voltar no tempo acessando o próximo link.
Boa leitura e parabéns! Você também faz parte dessa história.
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