Servidores públicos estaduais, em sua maioria professores liderados pela APP Sindicato, fizeram nesta quarta-feira (25) mais uma manifestação de repúdio às propostas recentemente anunciadas pelo governo Beto Richa (PSDB) para o funcionalismo e exigindo a regularização dos pagamentos atrasados. Professores da rede estadual vindos do interior do estado se juntaram aos educadores da capital e aos agentes do Detran numa passeata que chegou a reunir 10 mil pessoas, segundo estimativa oficial divulgada pela Polícia Militar. Os organizadores do protesto disseram que 50 mil participaram do ato.
Veja como foi a marcha dos professores em Curitiba
Milhares de professores e servidores públicos partiram das praças Rui Barbosa e Santos Andrade rumo ao Centro Cívico. Docentes e governo negociam pela terceira vez o fim da greve.
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Em discurso na Assembleia, o líder do governo , Luiz Claudio Romanelli (PMDB), citou que promessas contemplam o pagamento das rescisões dos 29 mil educadores contratados via PSS e outras medidas estruturais, em especial a reabertura de turmas fechadas no início do ano letivo e a manutenção de programas extracurriculares.
Leia a matéria completaOs manifestantes saíram em marcha partindo de dois pontos distintos. Enquanto um grupo saiu da Praça Rui Barbosa, outro partiu da Praça Santos Andrade. Ambos foram em direção ao Palácio Iguaçu, onde o governo e a categoria se reuniram para discutir, pela terceira vez, o fim da greve dos professores. Todas as ruas pelas quais passavam eram fechadas por funcionários do Detran, identificados com coletes, que também aderiram ao movimento grevista.
Veja como foi o acompanhamento em tempo real da marcha
O grupo que partiu da Praça Rui Barbosa seguiu pela Rua Visconde de Nácar e chegou até a Avenida Vicente Machado, onde fica a sede da Secretaria da Fazenda. No local, os manifestantes fizeram uma parada para entoar gritos de guerra e posar para fotos exibindo cartazes com nomes e fotos dos deputados que apoiaram as medidas propostas por Richa.
Aqueles que saíram da Praça Santos Andrade se dirigiram à Praça Tiradentes, onde os dois grupos se uniram. Depois de um breve descanso, alguns discursos e músicas, a caminhada continuou, agora com o bloco unificado, até o Palácio Iguaçu.
Apoio
No caminho, vários estudantes se juntaram à passeata entoando gritos de protesto e exibindo cartazes. Foi o caso do jovem Efigênio Pavei, aluno de Faculdade de Belas Artes, que afirma estar há três meses sem receber bolsa.
Até mesmo alguns policiais militares revelaram seu apoio ao protesto, ainda que de forma discreta. Uma das viaturas paradas na Avenida Cândido de Abreu, do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), exibia um pequeno cartaz, escrito à mão, com a frase: “Estamos juntos. Parabéns!”.
Ao chegarem diante do Palácio Iguaçu, uma grande cartola preta com símbolo de cifrão foi colocada diante do prédio. Dentro da cartola, os manifestantes jogaram moedas de cinco e dez centavos, ironizando a dificuldade do governo em conseguir dinheiro para pagar os servidores. “Estamos dando nossas moedinhas pra você, Beto Richa!”, diziam os líderes da manifestação, nos carros de som.
Passadas duas horas do início da reunião, o clima é de descontração na Praça Nossa Senhora da Salete. Manifestantes lancharam no gramado, ouviram música e dançaram, sem deixar de lado a busca por proteção contra o forte calor da manhã e início da tarde na capital do estado.
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