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A passeata que ocupa na noite desta segunda-feira (17) toda a Avenida Rio Branco, no Rio, ganhou durante o percurso o apoio de muitos trabalhadores que ainda estavam em escritórios localizados na via ou esperavam o fim da manifestação para ir para casa. Eles jogaram papel picado em sinal de apoio, e os manifestantes gritavam em agradecimento.

"Quem apoia acende a luz", gritavam da rua, e as luzes piscavam nos escritórios. Duas grandes faixas na frente da multidão davam o tom do ato: "Não é por centavos, é por direitos" e "Somos a rede social". Parte dos manifestantes que chegaram à Cinelândia, que seria o ponto de dispersão, se encaminha agora para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) - onde na semana passada começou a confusão com a Polícia Militar (PM). O prédio da Assembleia está cercado desde o começo do protesto para a proteção do edifício histórico.

A manifestação tomou praticamente toda a extensão da Avenida Rio Branco, no trecho da Candelária à Cinelândia. Palavras de ordem são entoadas, entre elas, as que pedem a redução da tarifa como "Olê, olê, olá. Se a passagem não abaixar, o Rio vai parar".

Mas é evidente o viés político do protesto. As bandeiras misturam-se. Às muitas Bandeiras do Brasil, somam-se as de partidos, como Psol e PSTU, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do arco-íris. O coro, por vezes, lembra os de estádios de futebol, com rimas impublicáveis e referências a políticos, como o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Um grupo de 60 advogados se pôs à disposição dos manifestantes para agir em caso de prisões arbitrárias. Vinte estudantes de medicina vestindo jalecos se prontificaram a dar atendimento a eventuais feridos. Por enquanto, embora conte com a adesão de milhares de participantes, transcorre, normalmente, o protesto pela Avenida Rio Branco.

O número de manifestantes é maior do que o do ato de quinta-feira, 13, mas ainda não foi feita uma avaliação oficial da Polícia Militar (PM). Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), perto dali, que foi alvo de pichações no último ato, cerca de 50 cavaletes foram postos, preventivamente, pela polícia, com o objetivo de proteger o prédio histórico. O centro teve reforço de policiamento desde o início da tarde.

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