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Manifestantes distribuíram rosas brancas em troca de um sorriso. | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Manifestantes distribuíram rosas brancas em troca de um sorriso.| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Uma semana após a morte do estudante Osíris del Corso, de 22 anos, no Morro do Boi, em Caiobá, cerca de 350 pessoas se reuniram às 10 horas na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para homenagear o rapaz e pedir justiça, paz e segurança no Paraná. O pai de Osíris falou pela primeira vez com a imprensa desde o assassinato que aconteceu no dia 31 de janeiro. Emocionado, Sérgio Luís del Corso contou que seu silêncio até aquele momento era uma forma de protesto contra o crime e que o mais importante neste momento, para a família, é a recuperação da namorada de Osíris, de 23 anos, baleada e violentada no mesmo dia. "Ela faz parte da nossa família também", disse.

Sérgio afirmou acreditar no trabalho e na competência da polícia e espera pelos resultados da investigação. "Acreditamos muito na polícia de Matinhos, na Polícia Militar, que foram excelentes conosco, e na Polícia Civil. São excelentes profissionais (...). Eu gostaria de agradecer ao Corpo de Bombeiros também, que foi muito eficiente." Emocionado, disse que o filho sempre foi dedicado às causas sociais e que o relacionamento com a namorada aflorou ainda mais esse lado altruísta da sua personalidade.

"Os dois se uniram e estavam executando um belíssimo trabalho. Nossa ideia agora é dar sequência a todo o trabalho social dele. Continuar esses projetos que ele deixou." Já o pai da namorada de Osíris cobra da polícia a prisão, o mais breve possível, do assassino do rapaz e agressor de sua filha para evitar que outras pessoas tenham o mesmo destino.

"Não dá nem para definir esse elemento, se é maníaco, se é louco. Mas é uma pessoa muito má. Está aí fazendo mal para pessoas que nunca fizeram mal para ninguém. A polícia precisa prendê-lo o quanto antes para que ele não pratique uma barbaridade dessas com outras pessoas inocentes. É disso que nós precisamos", disse. Para ele, Osíris foi um herói porque morreu para salvar a vida da namorada. "Mas ele terminou a missão dele aqui lutando pela vida da pessoa que ele amava. Para mim, ele é um herói. Eu vou amar o Osíris e a família dele até o fim da minha vida."

Trajeto

O grupo caminhou da Praça Santos Andrade até o Largo da Ordem com faixas e camisetas brancas estampadas com a foto de Osíris e da namorada. Já perto do fim do trajeto, na Rua Marechal Floriano, os manifestantes começaram a distribuir rosas brancas para as pessoas que passavam na rua pedindo um sorriso. O objetivo do gesto, segundo os organizadores, era fazer melhor o dia de uma pessoa e assim evitar a violência.

André Átila Mendes, companheiro de casal no Rotaract, grupo de jovens do Rotary Clube da Avenida das Torres, afirmou que o Paraná passa por um momento crítico na área da segurança pública e lembrou casos recentes de violência no estado e que ainda não tiveram solução. "Teve o caso da menina Rachel (Genofre), violentada, morta, encontrada na mochila na rodoviária e até agora nada aconteceu. E isso não pode acontecer", desabafou.

"A impunidade é que gera muito mais bandido, que fica sem medo de ser punido por alguma coisa errada que faz. Esse manifesto não é só pelo Osíris, mas sim por tudo o que está acontecendo", ressaltou. Os manifestantes rezaram um pai-nosso em frente da Igreja da Ordem, e o grupo de capoeira Associação Aruanda do Paraná fez uma apresentação em homenagem aos dois estudantes.

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