A longa barba grisalha que Luiz Célio Tiri Martins, 51 anos, mantém há décadas não deixa dúvidas. Ele é o Papai Noel de centenas de crianças e outras nem tanto de Pitanga, município do centro sul do Paraná. Em 33 anos vestindo a roupa vermelha, conseguiu entregar milhares de balas e emitir seu “oh oh oh oh” para duas gerações. Até no dia a dia, o pasteleiro de não esquece da risada característica.
Dá para dizer que é uma figura. No peito um crucifixo de madeira e o terço no bolso, Tiri – como é mais conhecido em sua cidade – mostra para o que veio. “Sou religioso e só quero o bem das pessoas. Gosto quando ouço a risada das crianças!”.
A religiosidade é antiga, da época do santuário em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
Casado e pai de um filho, chamado Marco Antônio, nunca deixou a fé de lado. É integrante do Apostolado da Oração e toda às segundas-feiras está presente no Terço dos Homens na Paróquia São Joaquim Santana. É assíduo nos pedidos de intenção de orações no programa televisivo Rede Vida. E, não esquece de dar uma passada na Capela Mortuária do município. “Sou um católico fervoroso”.
Esse ano, não vai foi diferente. No dia 5 de dezembro, iniciou a tarefa de atender as crianças e anotar os pedidos. O “ajudante do Papai Noel” diz com orgulho que não vê a hora de chegar na “sua casa”.
Linha do tempo
A história com a Gazeta do Povo deu o primeiro passo quando Tiri tinha 18 anos e nem barba de Papai Noel – somente a vontade de ser Papai Noel, tamanho interesse por São Nicolau. Se perguntar, ele conta direitinho a história.
Na época, foi recebido pelo proprietário do jornal, Francisco da Cunha Pereira que aproveitava a visita e sempre perpetuava a data com uma foto que saía publicada na edição do dia seguinte. Com Tiri, não foi diferente. Na memória do Pitanguense, está o incentivo do jornalista ao lhe dizer que “precisava seguir sua missão sem se perverter com política”. Cumpriu ao pé da letra. A ajuda para a compra dos presentes vem dos comerciantes da região.
A primeira casa vermelha e verde que recebeu de presente para fazer o seu trabalho como bom velhinho foi em Guarapuava. Foram 12 anos.
Em 2000, se mudou para ficar próximo ao pai Mário – com quem aprendeu o ofício de pasteleiro – que estava doente. Diz com orgulho pedalou muito pela cidade entregando pasteis. Parou devido a uma cirurgia no joelho. Nunca quis comércio. “Assim, entregava fresquinho”. A mãe Joana, atualmente com 69 anos, ficava responsável pela massa e recheio. Levantava ainda de madrugada para fritar a iguaria. Sente saudade!
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