Suspeito de estuprar fiéis, o pastor Marcos Pereira da Silva, 56, presidente da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, e outros quatro membros da igreja foram indiciados hoje sob suspeita de ameaçar duas testemunhas do processo em São João de Meriti, Baixada Fluminense.
Segundo o delegado da 64ª DP (São João de Meriti), Delmir Gouvea, os quatro suspeitos, entre eles o filho do pastor, teriam ameaçado a mando do religioso duas testemunhas que acusam Marcos Pereira de abuso sexual.
O pastor cumpre prisão preventiva desde o início do mês no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste. Ele nega as acusações."Eles alertaram que as duas vítimas tivessem cuidado no quintal da casa delas. Já ouvimos todos os envolvidos, encerramos o inquérito e vamos encaminhá-lo ao Ministério Público do Estado ainda hoje", disse o delegado à reportagem.A polícia não divulgou os nomes das duas vítimas. Os quatro suspeitos indiciados foram identificados como Uanderson Renato Fialho Campos, Lúcio Oliveira Câmara Filho, Felipe Madureira Câmara da Silva e Daniel Candeiros da Silva.O advogado Marcelo Patrício, que defende o pastor, negou que tenha havido qualquer ameaça. Ele disse que, "na verdade, as testemunhas é que estão sofrendo ameaças para incriminá-lo [o pastor]".Outra denúnciaSobre a denúncia de injúria contra o irmão do pastor, Allan Pereira, o delegado disse que encerrou o termo circunstanciado hoje e vai enviá-lo amanhã para o Juizado Especial Criminal de São João de Meriti por ser um crime de menor potencial ofensivo. Pereira terá que responder por quatro acusações de injúria.De acordo com a Polícia Civil, o irmão do pastor chamou o titular da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), Márcio Mendonça, de delegado do diabo, num site de relacionamentos. Ele também divulgou imagens das duas mulheres que se dizem vítimas de estupro do religioso, além do marido de uma delas.Procurado, o advogado Patrício afirmou que o irmão do pastor apenas compartilhou, e não publicou a foto das mulheres no Facebook.