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Muita gente parou para ver as patinetes motorizadas que a Guarda Municipal de Curitiba testava ontem no calçadão da Rua XV. Apesar de ser apenas o primeiro dia de testes no centro da cidade, as máquinas já ganharam elogios e críticas da população. "Vai ser ótimo, principalmente se conseguir pegar trombadinha", diz Neusa Stahlschmidt, 61 anos. Já Rafael Moresco, 19 anos, pensa nos gastos com o equipamento. "Acho que vai gastar muito dinheiro. Pode até ser uma boa idéia, mas a educação precisa bem mais de investimentos", comenta o rapaz.

De fato, as modernas patinetes não são baratas. Cada uma custa R$ 24.015 – o mesmo que um carro popular, ou 18 bicicletas como as já usadas pela Ciclo Patrulha, da Guarda Municipal. "Sabemos que não é barato. É por isso que estamos testando e avaliando o custo-benefício dos equipamentos. Além do mais, isso não implicará em redução de outros investimentos", diz o secretário da Defesa Social, coronel Itamar dos Santos. O prefeito Beto Richa, que até arriscou subir em uma das patinetes, se mostra confiante. "Já podemos observar que é algo viável. Nossa necessidade é pequena, algo como quatro ou cinco dessas máquinas."

Esse tipo de patrulhamento já existe em cidades do exterior, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. No Brasil, Curitiba é a primeira cidade a experimentar os equipamentos para fins de segurança. Carlos Alberto Teles e Alexander Quadros, artistas que trabalham na Rua XV como os palhaços Chameguinho e Teco, respectivamente, acham a medida ótima. "Aqui está faltando segurança mesmo. Com esse novo equipamento talvez a gente possa trabalhar mais tranqüilo", diz Carlos Alberto.

Um dos operadores dos aparelhos, o guarda municipal Hamilton Diogo da Silva, conta que ficou cerca de três dias aprimorando suas habilidades na patinete. "É fácil operá-la. Acho que a principal vantagem é que ela nos deixa em um patamar mais elevado, com uma visão melhor", diz. Segundo a empresa que distribui os equipamentos no Brasil, a patinete eleva os guardas 25 centímetros. Hamilton, acostumado a fazer a patrulha de bicicleta, conta não temer ganhar uns quilinhos se deixar de pedalar para andar motorizado. "Eu sou halterofilista. Não vou engordar."

As máquinas, chamadas de Segway Human Transporter, serão testadas pela prefeitura até o fim do mês – durante a semana na Rua XV e nos fins de semana no Parque Barigüi. Se aprovadas, devem ser adquiridas para o patrulhamento de locais onde não é permitido o trânsito de outros meios de locomoção, como o calçadão da Rua XV, e dos parques da cidade.

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