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Cristma vai se manifestar a favor

Se nesta terça-feira tem manifestação contra a lei seca, os favoráveis ao projeto que limita o horário de funcionamento dos bares também já começam a se mobilizar. O Movimento Cristo Te Ama (Cristma), ligado ao vereador Luiz Carlos Tamarozzi (PTB), já cogita ir à Câmara no dia em que a matéria estiver na pauta para se manifestar a favor da aprovação do texto. Tamarozzi confirmou a intenção do grupo em se organizar, mas disse que a questão ainda será avaliada pelo movimento. "Vamos ver quando entra em pauta", declarou o vereador.

Quatro entidades realizam na tarde desta terça-feira (20), no centro de Londrina, no Norte do Paraná, um ato público contra o projeto de lei que limita o horário de funcionamento dos bares de Londrina, a lei seca. A manifestação, convocada pelo Fórum Permanente de Cultura de Londrina, Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Londrina e Região e o Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de Londrina, está marcada para as 17 horas, na Concha Acústica.

É a manifestação mais contundente organizada até agora pelos contrários ao projeto protocolado na Câmara em fevereiro de 2005 e que foi debatido em sete audiências públicas organizadas pelo Legislativo – até então os críticos do projeto só haviam se manifestado por meio de entrevistas concedidas à imprensa.

O projeto de lei, dos vereadores Gláudio de Lima (PT), Luiz Carlos Tamarozzi (PTB) e Paulo Arildo (PSDB), estabelece que os bares devem funcionar diariamente das 6 horas às 23 horas. Pela legislação atualmente em vigor, esses estabelecimentos podem funcionar durante 24 horas. O estopim para a manifestação foi o substitutivo dos autores do texto, que veio a público na semana passada.

O substitutivo permite que restaurantes funcionem 24 horas por dia, contanto que cumpram algumas exigências, como oferecer estacionamento, seguranças e controle da poluição sonora. Os que não se adequarem, terão que fechar às 23 horas, como acontecerá com os bares.

A principal crítica dos "contras" é que, se implementada, a lei seca vai cortar de 1.300 a 1.700 postos de trabalho no setor. "Estamos preocupados com o desemprego. E, se a lei for aprovada, o desemprego será grande", declarou Luiz Carlos Garcia, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de Londrina. Garcia disse que, se houver uma avaliação de que a aprovação do projeto é inevitável, a entidade vai tentar articular uma flexibilização da proposta, passando das 23 horas para as 2 horas o horário de fechamento. "Vamos para a Concha Acústica para tentar somar esforços. Tentaremos sensibilizar os vereadores e mobilizar a categoria", completou Garcia. A entidade pretende levar seus representados para a Câmara no dia da votação para pressionar contra a aprovação do projeto.

O vereador Gláudio reagiu dizendo que, se aprovado, o projeto tende a gerar novos postos de trabalho. "Estamos disciplinando o funcionamento dos restaurantes, eles deverão ter garçons e estacionamentos. Estamos falando em gerar empregos", rebateu.

O JL não conseguiu localizar representantes da Abrasel e do Fórum Permanente de Cultura de Londrina para comentar a manifestação convocada para hoje.

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