Se tudo correr conforme os planos da prefeitura de Curitiba, o Parque Barigüi – pelo menos nas imediações da Rua Dr. Aluízio França – estará irreconhecível no próximo domingo: nada de congestionamentos, som alto, algazarra e exibições de motoristas e motociclistas.

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Respondendo a uma antiga reivindicação dos moradores da região, a Diretran (Diretoria de Trânsito) decidiu interditar o tráfego de veículos aos domingos na via e na primeira quadra de todas as transversais, entre o estacionamento do Bistrô e a Rua Lúcio Razera. A restrição entra em vigor no dia 27 e é válida para o período entre as 15 e 19 horas.

Liberação

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A medida foi tomada em conjunto com a Associação de Moradores e Amigos do Parque Barigüi (AMAParque), Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria de Defesa Social e o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), depois de muitas reclamações da comunidade. No horário do bloqueio, só será permitida a circulação dos veículos dos moradores do local – que já foram cadastrados – , de seus familiares e visitantes. Nesse segundo caso, os moradores devem solicitar a liberação à Urbs ou aos agentes de trânsito que permanecerão na área.

"Os moradores deverão andar com uma espécie de passaporte no vidro", explica o representante comercial Mário Trentin, diretor da AMAParque, que já cadastrou mais de 50 veículos. "Os visitantes devem requerer a entrada ao guarda que estiver numa das barreiras. Ele vai entrar em contato com o morador, que vai confirmar e deixar uma lista das pessoas aguardadas." Para Trentin, o acesso restrito não vai afugentar as pessoas que costumam visitar os moradores vizinhos do parque. "Ao contrário, sem o bloqueio é que ninguém recebia visita. Além do trânsito intenso, o barulho era tanto que pessoas que iam com crianças não ficavam por lá mais do que uma hora."

Segundo o diretor de trânsito da Diretran, Gilberto Foltran, a idéia de coibir a entrada de veículos aos domingos é para dar mais tranqüilidade e segurança aos moradores que mais sofrem com a balbúrdia dos jovens aos domingos. "Historicamente, é nesse horário que costumam ocorrer os maiores problemas de som alto, bebedeira, ‘zerinhos’ com motocicletas...", relata Foltran.

Reclamações

"Recebemos muitas reclamações e autuamos várias vezes, mas só conseguíamos resolver quando mobilizávamos um efetivo policial de 10 a 20 homens. Mas assim que os policiais deixavam o local, os problemas reapareciam. E há outras ocorrências na cidade, não podemos ficar com uma equipe tão grande ali todo domingo. Por isso resolvemos bloquear a rua", ressalta Foltran. Nos primeiros domingos da operação, entretanto, ainda haverá uma mobilização considerável de policiais na área. "Até que a população se acostume ao bloqueio, ele será garantido por agentes de trânsito em conjunto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar", conclui.

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