Curitiba O advogado criminalista Dálio Zippin Filho e a presidente do Sindicato dos Servidores no Sistema Penitenciário do Paraná, Sandra Márcia Duarte, contestaram ontem as declarações do governador Roberto Requião e do Secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, de que as rebeliões ocorridas em delegacias do interior do estado não teriam ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Para Sandra Márcia Duarte, o governador "está instigando" uma facção perigosa e imprevisível. "O governo está tentando dissimular uma situação. Não é possível que o governo faça uma provocação como essa ao PCC." Segundo ela, o temor é de que ocorram rebeliões durante a noite nas penitenciárias, que ficam com equipes de trabalho reduzidas. "Na Penitenciária Central do Estado, fiquei sabendo que seis agentes serviram o café para 900 presos. O governo devia tomar providências."
Dálio Zippin, que é membro do Conselho Penitenciário do Paraná e da Comissão Nacional de Direitos Humanos, acha que o PCC dá as cartas no sistema penitenciário do estado. Segundo ele, as unidades penais não se rebelaram por uma falha na comunicação. "Atrasou um pouco e a ordem só veio hoje (ontem) para os presídios", disse. "As autoridades acham que o PCC não existe. Tenho informações de que ele atua no estado e dá ordens, captando novos soldados." As secretarias de Justiça e de Segurança Pública não se manifestaram ontem sobre o assunto.
Especialistas garantem que no Paraná o maior problema de superlotação está nas cadeias públicas, e não nos presídios. De acordo com dados do Departamento Penitenciário do Paraná, há 9.065 detentos no sistema. Segundo Dálio Zippin, são cerca de 10 mil presos nas cadeias.
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