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O Partido da Causa Operária (PCO) diz que está sendo alvo de censura ao anunciar que o Youtube desmonetizou todos os vídeos de seu canal e excluiu 37 conteúdos, após "denúncias de infração dos termos de utilização". A legenda, que apoia o grupo terrorista Hamas, também afirmou neste sábado (27) que a loja do partido teve seu sistema de pagamentos bloqueado.
O Youtube confirmou à Gazeta do Povo que quatro canais ligados ao PCO (COTV - CausaOperariaTV, DCO - Diário Causa Operária, PCO - Partido da Causa Operária e Radio Causa Operária) foram removidos do Programa de Parcerias do Youtube por violar as políticas da plataforma contra organizações extremistas ou criminosas violentas. Com isso, os canais não podem mais monetizar seus conteúdos na rede social.
O presidente do partido, Rui Costa Pimenta, disse que se trata de um "caso de soberania nacional" e culpa o governo dos Estados Unidos. "Não estamos sendo censurados pelo governo do Brasil, mas pelo governo dos EUA no Brasil. O motivo seria o apoio ao terrorismo. Mas no Brasil o Hamas não é organização terrorista. Ou seja, estamos sendo censurados com base na definição do governo dos EUA. Ou seja, o Brasil não é um país de verdade. O governo dos EUA vem e censura o que querem", disse Pimenta, que também criticou o silêncio da esquerda diante do caso.
"Os elementos da esquerda só se preocupam e apoiar o Xandão [ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal]. Apoiar um partido que está sendo perseguido, nada, é uma posição calhorda, absurda”, completou o presidente do partido.
Na semana passada, uma das dirigentes do PCO, Natália Pimenta, teve a conta no X (antigo Twitter) retida após comemorar o ataque do Hamas aos israelenses em outubro do ano passado, que deixou 1,4 mil mortos entre homens, mulheres e crianças, todos desarmados. A publicação recebeu uma checagem da comunidade do X indicando que “apologia ao terrorismo é crime”.