São Paulo – O PDT já apresentou ao candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, uma pauta de reivindicações ligadas à legislação trabalhista como exigência para declarar apoio à candidatura tucana no segundo turno da eleição. Fontes do partido informaram que o presidente do PDT em São Paulo, deputado eleito Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conversou na última segunda com Alckmin e reivindicou "algumas garantias" do tucano para manifestar apoio. Segundo as mesmas fontes, Alckmin aceitou as exigências e deverá fechar um acordo com o presidente nacional do PDT, Carlos Luppi.

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Os pedetistas querem que Alckmin assegure, caso vença a eleição, que não enviará uma reforma trabalhista ao Congresso Nacional que diminua direitos dos trabalhadores. As propostas nasceram na Força Sindical, segunda maior central de trabalhadores do país e que volta nesta semana a ser presidida por Paulinho, mantendo laços estreitos com o PDT.

O partido admite a necessidade de a legislação ser "atualizada", contanto, porém, que não se altere garantias como 13.º salário, abono salarial de férias, licença maternidade, entre outros itens.

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Outra condicionante de apoio apresentada ao tucano foi a de envio pelo Executivo de uma legislação ao Congresso Nacional para regulamentar exclusivamente o trabalho do comércio aos domingos. Sindicalistas alegam que os comerciários têm sofrido pressão para trabalhar os sete dias da semana, com regime de folgas funcionando de forma irregular, sem datas estabelecidas.

A última proposta é de extensão aos trabalhadores terceirizados dos direitos assegurados àqueles que têm registro em carteira.

Mas a estratégia da campanha de Geraldo Alckmin até 29 de outubro seguirá o princípio básico de que apoio concedido não significará contrapartida, em caso de sua vitória no segundo turno. As contrapartidas serão devidas apenas aos "aliados" do PSDB, afirmou ontem o coordenador do programa de governo de Alckmin, João Carlos Meirelles.

Na segunda-feira, em Brasília, três linhas de ações também foram desenhadas. A primeira será elevar os tucanos Aécio Neves, governador reeleito em Minas Gerais, e José Serra, eleito para o governo de São Paulo, à condição de líderes nacionais. A segunda será estimular os aliados do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) a ressuscitar sua capacidade de atrair eleitores na Bahia. Na sua terceira linha, a estratégia da campanha de Alckmin será a de construir "alianças nacionais com peculiaridades específicas".